A Federação Nacional de Arquitetos (FNA) repudia a maneira truculenta com que a Polícia Civil de São Paulo invadiu o terreno da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, São Paulo. Na manhã desta sexta-feira (04/11), policiais derrubaram o portão e, na parte interna, teriam efetuado disparos com arma de fogo, sendo que uma pessoa foi atingida por estilhaços.
Em função dos acontecimentos, a FNA convoca a sociedade para participar, neste sábado (05/11), a partir das 15h, de um ato em solidariedade a escola “contra a criminalização dos movimentos sociais”. A instituição está localizada na rua José Francisco Raposo, 10.140, Jardim Paratei. A Florestan Fernandes é uma escola de formação do MST, onde ocorrem diversos cursos.
Por meio de nota oficial, o MST exigiu um posicionamento do governo, uma vez que o movimento não é uma organização criminosa. “Somos um movimento que luta pela democratização do acesso a terra no país e a ação descabida da polícia fere direitos constitucionais e democráticos”, diz a nota. Segundo o MST, a operação em SP decorre de ações deflagradas no estado do Paraná e Mato Grosso do Sul.
Por meio de um vídeo, o deputado federal Nilto Tatto (PT) lamentou o ocorrido. “É uma demonstração do Estado de exceção que estamos vivendo neste momento. Não vamos aceitar essa forma truculenta como isso foi feito, assim como não aceitaremos o retrocesso de nenhum direito”, afirmou.