A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) realizou mudança em seu Regimento Geral para garantir a proporcionalidade de, no mínimo, 50% de representantes do gênero feminino, quando da eleição de delegados para a realização de ENSA e reuniões Ampliadas. A posição foi aprovada durante assembleia geral na tarde desta sexta-feira (18/11) em Porto Alegre. Também foi validada a recomendação para que os sindicatos filiados sigam a mesma proporcionalidade em suas diretorias.

 

O debate acirrou os ânimos. A presidente do Saergs, Andréa dos Santos, criticou algumas posições contrárias a regras rígidas de paridade. “Fico com vergonha de estar debatendo isso aqui”, salientou, reforçando que o assunto deveria estar totalmente superado. O vice-presidente da FNA, Cicero Alvarez, alertou para a necessidade de se fixar parâmetros para que eles motivem os sindicatos a repensarem suas representatividades. “Ao não dialogar com as pessoas e apenas ficar imaginando o que elas precisam, não conseguiremos atende-las”, disparou. O presidente da FNA, Jeferson Salazar, disse que espera participação ativa das mulheres em igualdade de condições e oportunidades. “Quero sair da presidência da FNA tendo garantido aqui o que a FNA defendeu na CUT”, pontuou o dirigente.

 

A assembleia ainda aprovou a filiação da FNA à Confetu e a indicação de dois delegados por sindicato para eleição da confederação. No encontro, foi autorizada a continuidade na política de cobrança da CSU, na qual os sindicatos poderão manter descontos. Também foi deliberado que a nova diretoria da FNA está autorizada a decidir sobre a transferência da sede da federação para as novas salas adquiridas em Brasília. Uma das propostas em análise é que a estrutura abrigue os arquivos da federação, que hoje são deslocados conforme a cidade de origem do presidente em exercício. O escritório fica localizado nas salas 321 e 322 do Edifício Embaixador, na quadra 4, em Brasília.