Frente às agressões sofridas e à falta de avanços nas negociações entre arquitetos e engenheiros na formatação de resolução que normatizem limites claros para as atribuições profissionais, o presidente da FNA, Jeferson Salazar, informou que a federação responderá à altura com medidas judiciais nos diferentes estados onde for necessário. Segundo ele, a entidade entrará na briga de forma a equilibrar o jogo, que hoje vem sendo movido pelo sistema Confea\Crea no questionamento das atribuições exclusivas de arquitetos e urbanistas. O método de ação ainda está em análise junto ao setor jurídico da FNA para atuar em apoio ao Ministério Público e ao CAU/BR no âmbito da ação movida pelos engenheiros de Goiás. “Inicialmente, a FNA assumiu uma postura de não agressão. Mas, se em uma mesa de negociação, tentam nos tratar como inferiores, não existe negociação. Negociação se faz entre iguais”, citou.

 

O impasse foi debatido em encontro na manhã desta sexta-feira durante o 40º ENSA, em Porto Alegre. Segundo o coordenador da Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR, José Roberto Geraldine Jr, além da ação judicial, foram registradas agressões aos arquitetos e urbanistas quando os engenheiros divulgaram adesivo com a frase “Projeto de Arquitetura: Contrate um engenheiro”. De acordo com ele, o CAU/BR está aberto ao diálogo e, na semana que vem, haverá reunião em Brasília na tentativa de avançar nas análises das estruturas curriculares dos cursos. “Mas não podemos fazer diálogo sozinhos”, ponderou, lamentando o momento de judicialização que envolve essas atribuições. A mesa foi medida pelo presidente do Sindicato dos Arquitetos de Minas Gerais(SINARQ/MG), Eduardo Fajardo, que lembrou que o estado de Minas Gerais foi um dos pioneiros na luta contra as investidas do CREA contra os arquitetos e urbanistas.