O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta quinta-feira (13/12), um aporte de R$ 5 milhões para a segunda fase de elaboração de projetos de recuperação do Museu Nacional, que sofreu incêndio devastador em setembro, no Rio de Janeiro. Outros R$ 2,5 milhões serão destinados à pesquisa da instituição por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Segundo o secretário-executivo do MEC, Henrique Sartori, em 2019, já haverá chamada pública para os projetos. “Pela primeira vez, o MEC vai ter uma rubrica de R$ 45 milhões para a recuperação e conservação de prédios históricos da rede federal de ensino superior. São 64 prédios ligados a universidades federais que exigem conservação permanente e que agora receberão verba para sua manutenção e obras”, anunciou.
Mais de 1,5 mil itens foram encontrados entre os escombros. O material resgatado está em exposição virtual no link https://artsandculture.google.com/project/museu-nacional-brasil). São 160 itens entre peças da coleção egípcia e minerais da coleção Werner que vieram para o Brasil junto com a Coroa Portuguesa, além de cerâmicas pré-colombianas.
O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, disse estar feliz com o resgate do acervo e com os recursos macro, ou seja, verbas do MEC, da bancada dos deputados do Rio de Janeiro na Câmara e das parcerias para a reconstrução do prédio e das peças. No entanto, faz um apelo para que a população não deixe de colaborar com o museu. “Precisamos muito dos chamados recursos micro, ou seja, luvas, filtros e máscaras para que os técnicos possam trabalhar, por exemplo. Não podemos usar a verba que recebemos para essas pequenas compras que são fundamentais para o trabalho da equipe técnica”, destacou.
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