A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) aderiu ao projeto Brigadas Digitais da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A ação – iniciada nesta terça-feira (28/09) – reuniu mais de 450 formadores de opinião em um grande encontro digital. A proposta é traçar estratégias conjuntas que permitam descentralizar a comunicação sindical, atuando pelo bem dos trabalhadores e pela mobilização coletiva. O encontro contou com a participação da equipe de comunicação da Federação e da presidente da FNA, Eleonora Mascia.
Segundo a mediadora do encontro pela CUT, Thalita Coelho, a Construção de Brigadas Digitais 2021-2022 é uma política de enfrentamento e atende a um desafio do presidente da Central, Sérgio Nobre. “Hoje é um dia histórico. As Brigadas vêm em um momento decisivo da história da classe trabalhadora”, pontuou Nobre ao abrir o evento. O mesmo seguiu destacando que o Brasil vive um momento ímpar de união do serviço público contra as restrições da PEC 32. “Precisamos dar um salto na comunicação”, conclamou.
O projeto Brigadas Digitais da CUT acontecerá por meio de duas turmas. A primeira será de formadores nacionais que terão incumbência de capacitar e recrutar brigadistas nas regionais. A segunda integrará os brigadistas já em atuação nos estados, federações e sindicatos. Lideranças interessadas em participar devem entrar em contato com a Comunicação da FNA para realizar inscrição. As aulas ocorrerão ao longo de 2021 e 2022.
O secretário Nacional de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, destacou a ampla mobilização deste primeiro encontro que teve o dobro da adesão esperada. A ideia é que o movimento ganhe força nas redes sociais para o enfrentamento de assuntos relevantes no Congresso e na luta pelos direitos dos trabalhadores. “Conhecemos a força dessa nossa brigada para fazer uma nova política de comunicação e nos dar um novo momento”. Mobilização que também foi reforçada pela diretora Rosane Bertotti. “Esse mutirão demonstra a capacidade e a esperança da classe trabalhadora”, enfatizou.
A noite de debates contou com palestra da especialista em comunicação digital Brunna Rosa, líder de projetos no governo Lula e das campanhas eleitorais da presidente Dilma Rousseff. “Precisamos entender o público porque hoje a realidade é termos muitas telas conversando”. Destacando a força do projeto da CUT, Brunna pontuou que é preciso “estourar a bolha, pensar no país e agir, nos bairros, na luta contra o fascismo”.
A pesquisadora em Comunicação Digital da Universidade Federal da Bahia Nina Santos deu um spoiler do que o curso deve apresentar, trazendo números sobre a recepção e interação com conteúdo político nas redes sociais. Segundo pesquisa da qual participou, 92% dos entrevistados confirmaram ter recebido conteúdo político pelo WhartsApp em 2018 e que 68% compartilharam esse tipo de informação. Nina defendeu a qualidade da informação, e que a comunicação na web seja feita integrando diferentes pontos de vista e enfrentando a dualidade entre liberdade de expressão e crime de ódio. “Precisamos nos apropriar do ambiente digital para construir uma sociedade mais justa”, destacou.