Com o intuito de reivindicar moradias dignas e políticas públicas assistência à população de baixa renda, diversos movimentos sociais de São Paulo realizaram marcha pelo Dia Mundial do Habitat (1º de outubro). O ato, organizado pela União dos Movimentos por Moradia, teve concentração no Parque do Povo, no Itaim Bibi, na capital. Entre as pautas defendidas na data, estavam a retomada dos programas de mutirão e a destinação de recursos para a habitação social.
A Polícia Militar impediu os manifestantes de se dirigirem ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, alegando que o trânsito seria prejudicado. Os participantes da marcha, então, negociaram encontro com representantes da Secretaria Estadual de Habitação e reunião, marcada para 9 de outubro, sobre as remoções de edifícios no centro da cidade.
O Dia Mundial do Habitat é comemorado na primeira segunda-feira do mês de outubro. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas em 1985 para lembrar que o direito à moradia é fundamental a todos. Neste ano, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon, emitiu mensagem em que destaca a importância do desenvolvimento sustentável para combater as desigualdades observadas entre a população mundial, especialmente nas áreas urbanas. O comunicado ressalta que, atualmente, cerca de 25% das pessoas que vivem nas cidades de todo o mundo moram em favelas ou assentamentos informais.
Para a Relatora Especial das Nações Unidas para Moradia, a Arquiteta e Urbanista brasileira Raquel Rolnik, as atuais políticas de financiamento à moradia prejudicam as famílias de baixa renda. Em texto divulgado no dia 1º, Rolnik afirma que há, hoje, uma “financeirização da habitação”, que impede o acesso dos pobres aos direitos de moradia.
Confira mais informações na Rede Brasil Atual, no site da ONU e no portal do Direito à Moradia.