Em protesto contra o leilão do Campo de Libra e por avanços na campanha reivindicatória, os trabalhadores do Sistema Petrobrás, próprios e terceirizados, iniciaram no final da noite desta quarta-feira, 16, greve por tempo indeterminado em várias refinarias e terminais do Sistema Petrobrás. Nos campos de produção terrestre da Bahia, os petroleiros anteciparam a paralisação para as 20 horas nas estações de Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passe, Socorro, Marapé e Dom João.
Nas refinarias de Duque de Caxias (Reduc), Manaus (Reman), Paulínia (Replan) e Mauá (Recap), os trabalhadores cortaram a rendição do turno às 23 horas e 23h30. O mesmo aconteceu nos terminais de Cabiúnas (Norte Fluminense), Campos Elíseos (Duque de Caxias), Guararema, São Caetano, Barueri e Guararema (São Paulo) e na Termorio (Duque de Caxias).
Em 42 plataformas da Bacia de Campos e na Rlam (Bahia), a paralisação começou a zero hora desta quinta e nas demais bases da FUP terá início pela manhã. Os petroleiros exigem a suspensão imediata do leilão de Libra, a maior e mais importante descoberta de petróleo dos últimos anos, que o governo pretende ofertar às empresas privadas no próximo dia 21.
No Terminal de Cabiúnas, em Macaé, houve corte de rendição às 23h e a operação foi assumida pela equipe de contingência da empresa. O Sindipetro-NF recebeu informação de que a entrega da operação também foi antecipada na plataforma P-08.
No Terminal de Guararema, em São Paulo, 100% do turno aderiu à greve. Na Reduc, em Duque de Caxias, a participação dos trabalhadores do turno é de 85% e na Termorio, de 100%. Na Reman, a adesão é também de 100% do turno. Pela manhã, a greve será reforçada por um grande ato na porta de refinaria contra o leilão de Libra e oPL 4330.
Os diretores dos sindicatos estão em plantão durante a madrugada nas bases, sedes da entidades e nos telefones celulares, no monitoramento dos primeiros passos da paralisação.