Lançado nesta última quinta, na Feira do Livro de Porto Alegre, o livro Um Palácio para a Justiça – As sedes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul foi organizado pelo Professor Cláudio Calovi Pereira, do Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura da UFRGS (PROPAR), com a co-autoria dos Arquitetos Lídia Fabrício e Cícero Alvarez.


O livro é resultado de convênio do Memorial do Judiciário do RS e Tribunal de Justiça com o PROPAR/UFRGS. Tem 293 páginas, em capa dura e formato 25x28cm. Centenas de fotografias, algumas delas inéditas, ilustram a publicação.


Em seis capítulos, acompanhados de referências bibliográficas e anexos, o livro Um Palácio para a Justiça é a continuidade dos trabalhos pelo Memorial do Judiciário do RS, vinculado à Presidência do TJRS, como a exposição permanente As sedes do Tribunal, instalada no térreo do Palácio da Justiça, e a publicação impressa que a acompanhou.


A obra está dividida nos seguintes capítulos: I – Poderes públicos e Palácios: a Praça da Matriz e o primeiro palácio moderno de Porto Alegre; II – A casa da Rua Duque de Caxias e o Tribunal da Relação de Porto Aleger; III – A Casa da Câmara e o Superior Tribunal; IV – O concurso; V – A construção; e VI – O restauro. As fotografias utilizadas são de autoria de Alessandra R. Szekut, Cícero Alvarez, Cláudio Calovi Pereira, João Fabrício Gomes, Lídia Fabrício e Takayoshi Imasato.


No capítulo I, o Professor Calovi trata da arquitetura de palácios públicos em Porto Alegre, desde a sua fundação até a metade do século XX, dando destaque ao Palácio da Justiça como primeiro palácio moderno construído na capital gaúcha. O edifício é apresentando na relação do contexto histórico da Praça da Matriz com o contexto arquitetônico que envolve seu projeto na época do concurso (1952).


Os capítulos II e III abordam as pesquisas de Lídia Fabrício no Memorial do Judiciário do RS e procuram estabelecer um diálogo com a gradual construção de uma estrutura para a Justiça, em percurso que inicia com casarões alugados e se estende até a ocupação e ampliação da antiga Casa de Câmara, palácio neoclássico, hoje inexistente, muito semelhante ao Theatro São Pedro.


Já os capítulos IV, V e VI analisam em profundidade a história do atual Palácio da Justiça, fruto das pesquisas de Cícero Alvarez em sua dissertação de mestrado defendida no PROPAR. Os textos e ilustrações detalham os fatos relacionados com o concurso de anteprojetos realizado em 1952 e as diversas propostas apresentadas, para, em seguida, tratarem do projeto vencedor e seus autores.


Diz o Professor Calovi, na introdução, que se espera estar contribuindo para a divulgação e valorização da história da arquitetura do Estado, da qual o Palácio da Justiça é um exemplar em destaque. Também afirma que a pesquisa histórica e a avaliação crítica da arquitetura, fomenta a preservação e a produção de obras de valor similar, tanto por parte do poder público como da iniciativa privada. Ao final, declarou, ainda, que o exemplo dado pela Justiça gaúcha, tanto no concurso de 1952 como na restauração de 2000, merece a atenção de todos os interessados na arte de construir.


Para o Coordenador do Memorial do Judiciário, Desembargador José Carlos Teixeira Giorgis, na apresentação do trabalho, o Memorial, repositório e guardião dos fatos judiciários do Estado, foi abençoado com o convênio estabelecido com a UFRGS, através do PROPAR, pacto que ensejou profundo e erudito exame das fontes físicas e intelectuais que perpassaram na construção das diversas sedes onde instalado o Poder Judiciário.


Distribuição


O livro Um Palácio para a Justiça – As sedes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul  terá distribuição dirigida a bibliotecas das áreas de História e Arquitetura, juristas e centros de pesquisa.