A decisão foi tomada, nesta última terça,  durante assembleia realizada na sede do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP) que junto com o Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) e Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) representam as categorias.


Também hoje, a partir das 14 horas, os profissionais realizam manifestação no saguão da sede do executivo, no Centro de São Paulo. Eles querem ser recebidos novamente pelo Prefeito Fernando Haddad. No dia 13 de novembro, o prefeito ouviu os representantes das categorias, mas apesar do seu discurso de conciliação na prática nada mudou.


“O Prefeito Fernando Haddad precisa tomar a frente nesta negociação da campanha salarial 2013 dos arquitetos e engenheiros, sob pena de que a população não reconheça este governo como uma gestão democrática e justa com seus técnicos, que planejam e constroem São Paulo”, afirma Daniel Amor, presidente do SASP.


Há quatro meses, os profissionais de nível superior vêm negociando com os representantes da PMSP uma proposta de reajuste salarial. Reivindicam uma reestruturação no plano de carreiras e um salário de 8,5 salários mínimos.

Ontem, por unanimidade, as categorias rejeitaram a terceira proposta apresentada pela Prefeitura, que na prática não contempla as sugestões feitas pelos trabalhadores durante as negociações. 

A PMSP está propondo a substituição da forma atual de remuneração por vencimentos para subsídios, classificada como inaceitável pelos profissionais.

A proposta de conciliação consiste numa nova tabela básica com 13 faixas salariais.  Com a sua aplicação, os salários alcançarão reajustes entre 107,89%, para a faixa inicial (S-1), e 48,79%, para a escala final (S-13).

Outra preocupação da categoria é com relação ao desinteresse de profissionais da área tecnológica que não tem mais optado por  manter-se e nem mesmo ingressar na carreira pública por conta do abismo entre os valores salariais praticados na PMSP e o salário oferecido pela iniciativa privada.

Além disso, segundo os representantes das categorias, o governo Haddad lançou um Plano de Metas no qual para sua efetiva realização, os profissionais da área tecnológica são essenciais em pelo menos 70% delas.