A CUT e representantes das demais centrais sindicais que compõem o Grupo de Trabalho (GT) Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical da Comissão Nacional da Verdade homenagearão no próximo sábado (1º), em São Bernardo do Campo, a partir das 13h, sindicalistas vítimas do regime militar. 

 

Sob o título “Unidos, Jamais Vencidos”, o ato será realizado no Teatro Cacilda Becker, no Paço Municipal de São Bernardo, região central da cidade (leia mais abaixo), com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.
Cerca de 400 trabalhadores indicados pelas entidades sindicais receberão um diploma em reconhecimento à luta em defesa da democracia e da liberdade. O espaço ainda receberá exposições sobre o período para marcar o repúdio aos 50 anos do golpe militar. As centrais sindicais apresentarão uma carta ao povo brasileiro

Nesta quarta-feira (29), durante a última reunião preparatória para o encontro, o secretário de Políticas Sociais da CUT, Expedito Solaney, destacou a importância da mobilização em defesa da memória, da justiça e da reparação em um ano simbólico para as vítimas do regime militar.
“A CUT nasceu combatendo a ditadura e lutando pela abertura democrática, junto com os seus sindicatos fundadores, como o dos Metalúrgicos do ABC, que protagonizou um processo de tomada das ruas e de questionamento à repressão. As organizações sindicais foram as primeiras a serem atingidas pelo golpe, porque são fortes, organizadas, havia um Comando Geral de Trabalhadores, que funcionava como uma entidade sindical livre, sob os princípios que ainda defendemos. Além das atrocidades, o golpe trouxe arrocho salarial e o fim da estabilidade no emprego e esses retrocessos também vamos lembrar neste ano”, apontou.