Em Carta Aberta à sociedade civil, movimentos populares que lutam pela habitação popular criticam o  Governo Federal, em razão da precariedade dos programas habitacionais implementados. Entre outros itens, as organizações exigem: mais apoio e recursos para a construção de habitação de interesse social, em parceria com as organizações do movimento popular e as cooperativas de autogestão, com: ampliação da meta MCMV [Minha Casa Minha Vida]  Entidades em 2014, de 20 mil para 170 mil unidades; ampliação da modalidade Compra Antecipada; mudanças nas regras do programa – redefinição de limite de renda para 3 salários mínimos, financiamento para equipamentos sociais e comunitários, substituição do aquecedor solar nas regiões mais quentes do país, substituindo-o por outro item de sustentabilidade; fortalecimento e disseminação da autogestão no programa, como forma de desmercantilizar a produção habitacional; e a desburocratização da contratação e das liberações das obras em andamento, sem atrasos e retenções dos valores das medições.

A carta informa que “os programas de mobilidade urbana que temos no Brasil não dão conta e estão são subordinados à lógica de privatização das cidades, onde a prioridade é dada ao automóvel, acima do direito ao transporte público de qualidade, garantindo integração entre os diferentes modais, atendimento prioritário das áreas populares e integração dos aglomerados urbanos e metropolitanos” e que “nos últimos meses, o Governo tem represado recursos e sistematicamente reduzido a meta do MCMV  ,  especialmente naqueles programas destinamos às entidades sociais sem fins lucrativos. Assinam o documento, a União Nacional por Moradia Popular a Central dos Movimentos Populares, a Confederação Nacional das Associações de Moradores, o Movimento Nacional de Luta por Moradia e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

Na última terça-feira, oito de abril, os movimentos promoveram manifestações e ocupações em quase todos os estados. Houve protestos em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Maranhão, Rondônia, Piauí, Paraíba, Maceió, Goiás, Amazonas, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Tocantins.