Na manhã desta terça-feira, arquitetos, engenheiros e geólogos da prefeitura fizeram um protesto em frente ao Centro Administrativo São Sebastião, na Cidade Nova, na capital carioca. Desta forma, aqueles profissionais deram início da paralisação de três dias convocada pela Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (Seaerj). A reivindicação é o aumento do piso salarial pago pela prefeitura de R$ 4,7 mil para R$ 8,4 mil. A Seaerj informou que dos 1.200 profissionais do município, 800 teriam aderido ao movimento.
Uma comissão tentou negociar com o prefeito, mas Eduardo Paes não recebeu o grupo. Nesta quarta-feira, os grevistas irão ao Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, para tentar o apoio dos vereadores. Para quinta-feira, está prevista a realização de uma assembleia em que irão avaliar os rumos do movimento.
O presidente do Seaerj Joelson Zuchen explicou que a categoria deseja é equiparar os salários do setor público com o que é pago pela iniciativa privada. Segundo Zuchen, a greve prejudica a emissão de licenças de projetos de empreendimentos para particulares e a fiscalização de obras públicas. Acrescentou que no momento é difícil determinar qual obra pode ser afetada, pois dependerá das atribuições que foram delegadas para cada profissional que aderiu à greve.
Os serviços essenciais da Defesa Civil e da Geo Rio que exijam a presença de engenheiros não serão atingidos pela greve, explicou o presidente da Searj. Ele se referiu a situações tais como risco de deslizamento e desabamentos, ou incidentes como o registrado na Rua Barão da Torre, em Ipanema, rachaduras atribuídas às obras da Linha 4 do Metrô.