Estratégias de desenvolvimento multicentro – onde as cidades não têm uma única zona central, muito utilizadas no Japão, foram apresentadas ao público no segundo dia do Seminário Nacional pelo especialista em Políticas Públicas Geraldo Freire Garcia, da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (Semob) do Ministério das Cidades. “Facilita o planejamento e o transporte público pois a cidade se desloca em vários sentidos o dia todo”, explica.

 

Ele refere-se, principalmente, à região metropolitana de Tóquio, cidade onde esteve estudando em 2013. Embora o número de habitantes seja de 37 milhões de habitantes, é uma cidade limpa, organizada, moderna e com pouco trânsito. Geraldo destaca que Tóquio tem um trânsito menor do que o de qualquer cidade brasileira com mais de 1 milhão de habitantes.

 

Além de discorrer sobre a Política Nacional de Mobilidade Urbana, “uma legislação moderna e que traz boas práticas”, assegura o especialista, ele trouxe outros bons exemplos de mobilidade urbana na Europa, mencionando cidades como Amsterdã, Bruxelas e Berlim. No Brasil, cita como case de sucesso o transporte principal de Criciúma (SC), que consiste em uma avenida troncal com três grandes estações e conceitos de Parcerias Público-Privadas (PPPs), feita em 1996.

 

Na lista de bons exemplos, também está o Porto Maravilha (RJ), projeto em execução que consiste na revitalização da região portuária que sofreu grande degradação nas últimas décadas. A obra deverá ficar pronta para as Olimpíadas de 2016. A palestra integra o módulo 4 do Seminário Nacional: O Planejamento como Instrumento de Desenvolvimento Urbano Sustentável, que segue até amanhã (quarta-feira, 19 de novembro), em Cuiabá (MT).

 

A programação antecede o 38º Encontro Nacional de Sindicatos de Arquitetos e Urbanistas (ENSA), que começa oficialmente no dia 20.