Durante participação no 38º ENSA, o procurador do Ministério Público do Trabalho Mateus Biondi convocou os sindicatos de Arquitetura e Urbanismo a intensificarem o controle efetivo de irregularidades trabalhistas. Segundo ele, atualmente, 90% das ações civis públicas são movidas por iniciativa do Ministério Público, e o ideal é que as entidades de classe atuassem de forma mais incisiva nesse movimento. “Muitos sindicatos recebem as denúncias e só encaminham ao MPT. É preciso que eles nos ajudem a investigar e negociar”, pontuou o advogado, que desnudou a atuação do MPT aos arquitetos e urbanistas presentes no encontro realizado no Hotel Holiday In Express, em Cuiabá (MT).
Com exemplos práticos, mostrou como o órgão atua no controle do trabalho escravo e condições indevidas, por exemplo. “O Brasil precisa de mais ações civis públicas movidas pelos sindicatos, que são as entidades que conhecem a realidade da categoria. Sozinhos, não temos pernas para correr atrás de tudo”, salientou o procurador que respondeu perguntas dos líderes classistas presentes.
Defensor do diálogo e da interlocução como o melhor caminho para conciliar interesses de empresas e trabalhadores, o integrante do MPT destacou a importância dos sindicatos atuarem de forma incisiva ao lado da categoria.