A diretora de relações externas da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (Abap), Saide Kahtouni, pediu apoio da FNA para a divulgação da Carta Brasileira da Paisagem, documento que reúne pressupostos básicos para conservar e proteger a paisagem das cidades brasileiras. O ato está baseado no tripé territorialidade, pertencimento e identidade. “Falar da Carta da Paisagem significa estar conectado ao momento mundial do direito à paisagem”, pontuou ela durante o 38º ENSA, em Cuiabá (MT).
As primeiras referências surgiram na Europa, convenções que serviram de pressupostos para que os países criassem as suas Cartas de Paisagem. Atualmente, cita ela, o desafio é desenvolver as cartas regionais. “Esse é um trabalho muito grande e precisa de aporte político e apoio”, pontuou ela, pedindo auxílio da FNA para divulgação do documento.
Os 12 princípios da Carta Brasileira da Paisagem
1) A paisagem e o seu papel coletivo.
2) O reconhecimento das paisagens brasileiras e seus ecossistemas.
3) As relações entre a paisagem e a população: paisagens culturais brasileiras.
4) A paisagem como instrumento para a planificação do desenvolvimento sustentável do país.
5) A paisagem e o seu valor econômico para a sociedade brasileira.
6) A necessidade do respeito e da preservação de nossas paisagens.
7) O direito democrático à qualidade ambiental e paisagística.
8) Os princípios locais e nacionais para a gestão efetiva das paisagens no Brasil.
9) A necessidade da visão integrada para os projetos e políticas públicas governamentais.
10)Intercâmbios paisagísticos na América através dos grandes compartimentos territoriais de nossas paisagens.
11) As paisagens urbanas em degradação e as relações com o crescimento populacional nas metrópoles –problema a ser enfrentado com as novas visões tecnológicas.
12) A nova realidade das áreas rurais e a necessidade de valorização e restauração de paisagens pioneiras.
Veja aqui o documento na íntegra.