O futuro do CAU foi alvo dos debates na manhã deste sábado no 38º ENSA, em Cuiabá. Arquitetos e urbanistas aproveitaram o momento para pontuar dificuldades enfrentadas na eleição realizada no início de novembro. Arquitetos de diversos estados reclamaram de problemas nas inscrições e da ausência de respostas e orientações por parte da Comissão Eleitoral, questões que levaram o tema, inclusive, à Justiça.
A ex-presidente da FNA e integrante da Comissão Eleitoral Nacional do CAU Valeska Pinto garantiu que os recursos encaminhados estão em análise e que, em 15 de dezembro, deverá ser realizada a posse dos novos conselhos.
Segundo Ângelo Arruda, conselheiro FNA e conselheiro eleito do CAU/MS, a preocupação é que, pelo seu ponto de vista, o CAU está seguindo um pouco o modelo do que ocorreu com o CREA. “Corremos o risco desse processo se repetir, aprofundando-se. Não temos mais com quem brigar. O problema é nosso. Temos que ter cuidado nas práticas para garantir que os beneficiados por nossos atos sejam apenas a sociedade e os colegas arquitetos e urbanistas”.
Uma das preocupações pontuadas foi sobre a concentração de recursos do conselho nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo. A projeção é que, dentro de sete anos, o CAU reúna 200 mil arquitetos e urbanistas, somando arrecadação de R$ 250 milhões ao ano. Atualmente, o CAU integra 600 conselheiros.
Durante o evento, ainda foi pontuada a participação da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) na criação do CAU. “A FNA foi dirigida de Paisani a Jeferson. E a gente talvez tenha sido a entidade que foi o equilibro para que esse CAU saísse nos moldes como foi feito”, pontuou Ângelo Arruda. O presidente Jeferson Salazar fechou na plenária destacando o trabalho árduo da FNA por garantir os direitos dos arquitetos e urbanistas e a força dos sindicatos em todos os estados. “Fizemos nosso trabalho como federação nacional”, ressaltou.