Representantes do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) e da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) reúnem-se, pela primeira vez, nesta quinta-feira (18 de dezembro) com objetivo de negociar o PPR (Programa de Participação nos Resultados) dos arquitetos da autarquia. A iniciativa faz parte de um acordo fechado entre as partes, em meio às negociações da campanha salarial da categoria.

 

O encontro ocorre a partir das 10h, na Superintendência de Gestão de Pessoas do órgão. A reunião só ocorrerá graças a uma intermediação feita pelo Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP), depois que o SASP e outros sindicatos encaminharam um pedido de julgamento de Dissídio Coletivo de Greve. A medida judicial foi adotada em razão da falta de avanço nas negociações sobre o reajuste e direitos trabalhistas.

 

Saiba mais

 

Em audiência de conciliação realizada no dia 3 de novembro passado no TRT-SP, os sindicatos optaram pela conciliação sobre o PPR, condicionado a uma conversação direta sobre o benefício. Além da participação, o SASP negocia ainda o Plano de Cargos, Carreiras e Salários e assistência médica à categoria. Esses pontos também fazem parte das pautas de reivindicação da campanha salarial.

 

Nessa mesma conciliação, O SASP e a CDHU acordaram que aguardarão o fechamento da análise de metas de 2014 para que ambos possam se manifestar sobre o tema. Além disso, os representantes do sindicato e da autarquia optaram pela negociação direta sobre a PPR. Também estão nessas negociações o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo e o Sincohab (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas e Cooperativas Habitacionais e Desenvolvimento Urbano no Estado de São Paulo).

 

Sobre o PCCS, a Comissão de Política Salarial do TRT-SP avalia a proposta e dará um parecer sobre o assunto. Quanto à assistência médica aos arquitetos, a CDHU informou que está em consultas com empresas especializadas no ramo a fim de encontrar uma que possa atender às pretensões dos sindicatos. A partir daí, as negociações também serão diretas com as categorias, da mesma forma que acontece agora com o PPR.

 

Atualmente, cerca de 80 arquitetos trabalham na CDHU. O número é considerado baixo e, na avaliação do SASP, isso acontece em razão de um verdadeiro desmanche que o governo do estado de São Paulo realiza na autarquia.