Por meio da Fundação Cultural e em parceria com a 17ª Brigada de Infantaria de Selva, a prefeitura de Porto Velho (Rondônia) iniciou no dia 5 de março, a retirada do acervo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) que se encontra no pátio do “prédio do relógio”, na Avenida Sete de Setembro com Farquar, centro da cidade. O patrimônio histórico ficará guardado provisoriamente em um galpão na Rua Benedito Inocêncio, bairro Lagoinha, setor Leste da cidade.

 

Conforme a chefe da Divisão de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (DIPHAC) da Funcultural, Arlene Bastos, pela manhã um caminhão munck cedido pela 17ª Brigada transportou seis peças grandes. Outras menores foram levadas por duas caminhonetes. “São peças grandes e pesadas que estavam no museu da Estrada de Ferro e no galpão da Empresa de Navegação de Rondônia (Enaro), afetados pela enchente histórica do Rio Madeira no ano passado”, disse.

 

No início de janeiro deste ano, o acervo foi retirado dos galpões, lavado e transportado para a Superintendência Estadual de Turismo (Setur), que fica no “prédio do relógio”. Porém, por serem grandes e pesadas (de ferro) ficaram no pátio do órgão estadual. Móveis, expositores, moldes de madeira, fotografias, bandejas, documentos, sinos e medalhas, dentre outras estão guardadas em três salas da Setur.

 

Dentro de 60 dias, segundo a chefe da Diphac, todas as peças serão transferidas para outro galpão que a prefeitura vai alugar para serem restauradas. “Gostaríamos de guardar todo acervo no local onde ocorrerá a restauração, mas enquanto aguardamos os trâmites burocráticos, ficarão provisoriamente nesse galpão no bairro Lagoinha, onde não sofrerão os efeitos do sol e da chuva”, explicou.

 

No outro galpão será feito o inventário de todas as peças, a catalogação e por último a restauração do acervo. Arlene Bastos adiantou que o processo de licitação para contratar a empresa que vai restaurar as peças já está em andamento. Disse também que a Funcultural está fazendo estudos com objetivo de encontrar um local apropriado para que sejam expostas ao público após serem restauradas, já que no local onde estavam poderão ser afetadas por nova enchente.

 

O presidente da Funcultural, Marcos Nobre Júnior, afirma que todo trabalho de remoção do acervo está sendo acompanhado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan). Ele garante que o prefeito Mauro Nazif tem todo interesse em preservar e valorizar o patrimônio artístico e cultural de Porto Velho, tanto que já tem projeto para a restauração de todos os monumentos históricos da cidade.