Diretores do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) se reúnem na próxima terça-feira (7 de abril) com representantes da Secretaria de Gestão do município para discutir sobre a criação de uma carreira própria de arquitetos e engenheiros na Prefeitura de São Paulo. A expectativa é que seja apresentado um esboço de projeto de lei referente ao assunto para a categoria. O encontro marca a abertura oficial das negociações da campanha salarial 2015 com a Administração.

 

A reunião está agendada para 9h30. “Precisamos fazer um movimento como forma de preparar a categoria para as negociações. Estamos prontos para resistir caso a proposta não atenda às reivindicações da categoria”, destacou Maurilio Ribeiro Chiaretti, presidente do SASP, durante a assembleia conjunta. Após a apresentação do esboço do projeto pela Prefeitura, o Grupo de Trabalho criado no SASP para debater a valorização da profissão no serviço público analisará a contraproposta da Prefeitura como forma de saber se atende às reivindicações da categoria.

 

O sindicato já tinha apresentado uma proposta inicial sobre a implantação da carreira própria à Prefeitura, elaborada por esse mesmo grupo. “Vamos bater forte para que a grande parte dos pontos da nossa proposta inicial prevaleça nas negociações”, disse Victor Chináglia Júnior, diretor de Assuntos Jurídicos e Estudos Legislativos do SASP. O dirigente adianta ainda que o sindicato se recusará a debater mudanças no sistema de remuneração dos arquitetos, caso a Prefeitura queira negociar sobre esse tema.

 

O SASP já apresentou uma proposta sobre a criação da carreira própria, que foi entregue à Prefeitura. Isso aconteceu em reunião informal do secretário de Gestão do município, Valter Correia da Silva, com representantes do sindicato em 24 de março. Além desse plano, a campanha salarial dos arquitetos do serviço público municipal também reivindica o piso inicial de 8,5 salários mínimos – atualmente de R$ 6.698,00 -, conforme previsto na Lei Federal 4950 A/1956. Outro pedido é a reposição das perdas da inflação.

 

Auxiliam na mobilização o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) e a Sociedade de Engenheiros e Arquitetos Municipais (SEAM).

 

Reivindicação histórica – A abertura das negociações para a criação de um plano de carreiras específico para os profissionais do setor é uma bandeira histórica de luta do sindicato. Atualmente, os arquitetos da Prefeitura estão dentro de outra função da Administração, a de especialista em Desenvolvimento Urbano. O cargo também conta com sociólogos, geólogos e geógrafos. A Prefeitura conta com cerca de 1.600 engenheiros e arquitetos em seus quadros.