Trabalhadores de todo o Brasil estão convocados a participarem de dia nacional de paralisação, previsto para 29 de maio. “Dia 29 de maio nossa mobilização vai preparar o País para uma greve geral. Será uma greve geral contra retirada de direitos e a agenda conservadora. Não é contra ou a favor de governo ou partido político”, disse Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Segundo ele, a data para a greve geral ainda será definida, pois dependerá de o PL 4330, da terceirização, ser aprovado ou não no Senado.

 

A paralisação, assim como a greve geral, foi consenso entre os movimentos sindicais e sociais presentes no ato do Dia do Trabalhador (1º de maio). Na ocasião, o presidente da CTB, Adilson Araújo, lembrou o apoio da presidente Dilma Rousseff contra o PL 4330, reafirmado em reunião com sindicalistas na última quinta-feira (30 de maio). “A presidenta afirmou categoricamente que é contra o PL 4330 e sinalizou que teremos um 2016 diferente. Nós acreditamos na presidenta, mas acreditamos, também, em mobillização nas ruas, e é lá que vamos fazer esse embate.”

 

Pautas

 

A agenda de lutas proposta pelos movimentos sindicais e sociais prevê, além da retirada do PL 4330 de tramitação, a luta contra o ajuste fiscal. “O governo precisa acabar com a sonegação, os trabalhadores pagam e os empresários sonegam. Nós defendemos esse governo popular democrático, mas não o ajuste fiscal na conta do trabalhador”, afirmou Vagner.

 

Também estão na pauta as MPs 664 e 665, que determinam novas regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, Abono Salarial, Seguro Desemprego e Auxílio Doença. “Achamos que retiram direitos da classe trabalhadora”, disse o presidente da CUT. A reforma política, a democratização da mídia, a luta contra a corrupção e o fim do financiamento privado para campanhas políticas também estão entre as reivindicações.