A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), os sindicatos estaduais e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) convidam as mulheres de todo o Brasil para participar da 5ª Marcha das Margaridas, nos dias 11 e 12 de agosto, em Brasília. Neste ano, as mobilizações têm como lema “As Margaridas seguem em marcha por desenvolvimento sustentável com democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade”.

 

O alojamento será no estádio Mané Garrincha, onde serão realizadas diversas atividades, entre elas a abertura da Marcha e a noite cultural, adianta a secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva. A expectativa é de que mais 100 mil mulheres participem da mobilização. O ato faz parte da programação da Conferência sobre Mulheres Rurais da América Latina e Caribe no Ano Internacional da Agricultura Familiar.

 

A mobilização em frente do Congresso Nacional será ma manhã do dia 12 de agosto. Desde 2003, primeiro ano da manifestação, mais de 140 mil mulheres ocuparam a capital federal para cobrar políticas públicas voltadas a um modelo de desenvolvimento centrado na vida, no respeito à diversidade e contra a violência sexista. “Com nossa mobilização, conseguimos abrir uma agenda de diálogo com o governo desde 2000, mas que se efetivou mesmo em 2003″, disse a vice-presidente da CUT, Carmen Foro.

 

Foi a Marcha das Margaridas, que hoje é parte da estratégia da luta das mulheres da CUT, que possibilitou conquistas como a titulação conjunta das terras, o Programa Nacional de Agroecologia, as unidades móveis de enfrentamento à violência contra a mulheres nos estado e o crédito com juros diferenciados para as agricultoras. “É para avançar nessa luta que precisamos seguir em marcha”, acrescenta a dirigente.

 

A Marcha das Margaridas é considerada a maior mobilização de mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta do Brasil e leva esse nome em homenagem à líder sindical Margarida Maria Alves, que lutou contra a exploração no campo e pelos direitos dos trabalhadores, combateu o analfabetismo e defendeu a reforma agrária. Natural de Alagoa Grande, na Paraíba, em 1983 Margarida foi assassinada por usineiros.