As entidades de arquitetura e urbanismo da Bahia denunciaram ao Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) a degradação do Centro Histórico de Salvador, que foi tombada como Patrimônio da Humanidade em 1985. A denúncia é assinada pelos presidentes do Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Estado da Bahia (Sinarq-BA), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU/BA) e do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento da Bahia (IAB-BA).

 

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O documento solicita uma missão de monitoramento para avaliar o “estado de ruína do local e sua inclusão na Lista de Patrimônio Mundial em Perigo”, destacando que não há nenhuma política de preservação da área. A situação se agravou com a demolição, autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), de 31 imóveis em maio. Segundo o Governo do Estado, havia riscos de deslizamento de terra ou desabamento dos imóveis. 

“Falta planejamento com investimento do poder público para a recuperação e revitalização dos imóveis do Centro Histórico”, declarou o arquiteto e urbanista Nivaldo Vieira, presidente do IAB/BA, ao jornal À Tarde. Ele avalia que a a discussão é muito mais complexa, pois há na região uma degradação de décadas. Como exemplo, citou um projeto da Escola de Arquitetura da Ufba que previa restauração de nove imóveis na rua do Taboão. “Esse projeto foi feito há 10 anos. Chegou a ter aprovação do Iphan, mas nunca foi executado. O correto seria restaurar e dar uso para esses imóveis”, finalizou.