Em reunião com as empresas de educação superior do Distrito Federal, realizada nesta terça-feira (7 de julho) na sede do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINPROEP-DF), o Sindicato dos Arquitetos do Distrito Federal (SINARQ-DF) entregou documento que relata preocupação com a realidade dos arquitetos e urbanistas que lecionam em faculdades particulares. Estes profissionais estão recebendo, em média, R$ 25,00 por hora aula. Considerando que a maioria faz de 20 a 40 horas/aula por mês, o salário fica entre R$ 500,00 e R$ 1.000 – muito aquém do salário mínimo profissional (SMP) dos arquitetos e urbanistas, atualmente em R$ 6.690,00.

 

A intenção é aproveitar o acordo coletivo para pressionar as 12 faculdades particulares a cumprirem o SMP conforme previsto na lei nº 4.950 A, de 1966. “O SINPROEP achou que é uma luta justa a nossa”, disse a diretora do SINARQ-DF, Elza Kunze Bastos, que participou da reunião. Segundo ela, dos 4.200 profissionais registrados em Brasília DF, 600 (14%) são professores em escolas publicas ou privadas. A informação é do Censo do CAU-DF. “Um arquiteto para atingir seu salário legal, teria que ministrar cerca de 250 aulas mês”, estima Elza, destacando que o cálculo demonstra “total inadequação da lei vigente com os salários praticados pelas escolas particulares no DF e o SMP”.

 

Para a qualificação do ensino e adequação salarial legal dos arquitetos e urbanistas que atuam como professores, o SINARQ-DF propôs a abertura de uma discussão. A ideia é analisar modificações para chegar-se a uma solução plausível de acordo salarial para o Acordo Coletivo de 2016, com um ano de prazo para debate. Segundo Elza, os representantes das empresas de educação superior do Distrito Federal ficaram de avaliar a possibilidade de uma negociação.