“A cidade deve ser o lugar onde as pessoas se encontram. Onde os direitos possam ser respeitados e incorporados”. As palavras são da deputada federal Érika Kokay (PT), que participou da manhã desta quinta-feira (8/7) do 3º Seminário Legislativo de Arquitetura e Urbanismo, que segue até sexta-feira no Congresso Nacional, em Brasília. A parlamentar defendeu a ideia de que as cidades precisam ser escutadas e a diversidade preservada.
Em sua manifestação, salientou a força dos arquitetos e urbanistas como agentes de resistência frente à pressão exercida pelos agentes imobiliários em busca do lucro desenfreado. “Temos que pensar nos espaços de fé, nos espaços de educação e lazer de forma que reafirmem nossa humanidade. A cidade não pode ter muitos muros ou ser frágil, não pode ser vergada pela busca do lucro desenfreado”, completou.
Érika ainda pontuou a importância da diversidade na composição das cidades e lembrou da influência de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa no planejamento de Brasília.
Moradora da Capital federal, ela destaca que Brasília foi pensada como instrumento de reafirmação da humanidade. “A cidade tem que ser funcional, mas também tem que ser lúdica. Como dizia Lúcio Costa, todas as quadras têm que ser rodeadas por bosques e eternamente floridas”, complementou, convocando os arquitetos e urbanistas e resistirem. “Os arquitetos e urbanistas são o coração. São eles que pensam a partir de sua capacidade de escutar a cidade na sua diversidade”.