A abertura do III Seminário Legislativo de Arquitetura e Urbanismo foi de reflexões sobre as dificuldades e desafios da profissão de arquiteto e urbanista. “Temos cidades que segregam, temos cidades que excluem, temos cidades com precariedades imensas”, disse o presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Jeferson Salazar, em seu discurso. O evento, que conta com a participação de entidades e parlamentares, ocorre nesta quinta e sexta-feira (9 e 10 de julho), na Câmara dos Deputados, em Brasília. A proposta é discutir temas relacionados à construção das cidades brasileiras que estão em pauta no Congresso Nacional.

 

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Salazar destacou a necessidade de uma reflexão profunda sobre a função social dos arquitetos e urbanistas “neste cenário de cidades caóticas e que estão divididas por uma muralha invisível”, definiu. Segundo o dirigente, é preciso discutir o verdadeiro significado da arquitetura e urbanismo. “Essa reflexão passa da habitação familiar às grandes metrópoles”, acrescentou, lembrando ainda da importância a assistência técnica como garantia dos serviços de arquitetura e urbanismo para a população carente.

 

“Temos o poder de avançar e transformar, mas a profissão ainda não teve o devido reconhecimento para que possamos fazer uma arquitetura devidamente pública”, ressaltou Salazar. A manifestação foi durante audiência pública da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados para discutir a instituição oficial de 15 de dezembro como Dia Nacional do Arquiteto e Urbanista no Calendário Cívico Nacional. A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional.