O Fórum Online de Arquitetura na América Latina – FOAAL 2015, realizado entre os dias 8 a 15 de setembro de forma virtual e transmitido em tempo real pela Internet, contabilizou mais de 20 mil visualizações. “É um número bastante expressivo”, avalia o arquiteto e urbanista Oliveira Junior, diretor do Sindarq-PB e coordenador geral do FOAAL.

 

Ao todo, foram 10 mil inscritos que assistiram a 32 palestras e participaram de quatro debates com arquitetos e urbanistas de dez países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, México, Paraguai, Peru e Venezuela. “Os debates foram fundamentais para conectar as pessoas e motiva-las a trocar informações”, afirma o Oliveira.

 

Dos quatro debates, dois foram realizados, também, de forma presencial. Um no teatro da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa) do Centro de Ensino Superior e Desenvolvimento (Cesed), em Campina Grande, na Paraíba; e outro em um dos auditórios do Instituto de Educação Superior da Paraíba (IESP), no município de Cabedelo.

 

Um dos desafios propostos durante o FOAAL é superar o “eurocentrismo” – hábito de voltar as atenções à Europa. “Precisamos olhar para os países vizinhos, e não só para a Europa como referência arquitetônica. Com o passar do tempo, essas referências da América Latina estarão cada vez mais presentes na universidade e na formação cultural arquitetônica”, projeta Oliveira.

 

Ao longo dos debates, as discussões abordaram as culturas e identidades arquitetônicas da América Latina. A sugestão dos participantes é lembrar não somente de nomes como Le Corbusier (Suíça), Walter Gropius e Mies Mies van der Rohe (Alemanha), mas também de referências da América Latina, como o mexicano Luis Barrágan, o argentino Clorindo Testa e o uruguaio Eladio Dieste.

 

Ao final do FOAAL, foi lançado o seguinte questionamento: quais estratégias os arquitetos e urbanistas devem adotar para transformar as cidades em um lugar melhor para viver? Entre as solulções apontadas pelos participantes, está o empoderamento dos arquitetos e urbanistas, que precisa estar mais engajado nas discussões sobre política urbana e a necessidade de uma postura menos reativa e mais propositiva. “Precisamos retomar o papel de protagonistas no planejamento das cidades”, pontua Oliveira. Só assim, avalia o profissional, será possível fortalecer a atuação das entidades que representam a profissão e ampliar as conquistas.