A Jornada para Arquitetos da Administração Pública da Argentina, realizada nesta quinta-feira (1º/10), em Santa Fé, evidenciou as dificuldades enfrentadas pelos profissionais que atuam no serviço público.  Organizado pelo Colégio de Arquitetos da Argentina/Diretório Superior Provincial de Santa Fé (CAPSF), o evento teve a temática “Arquitectura y Trabajo” e buscou discutir a relação de trabalho dos servidores públicos. Entre os problemas estão a não realização de concursos públicos, mas o preenchimento feito por indicações e por longos e precários contratos temporários; ausência de piso salarial mínimo para a profissão; e a falta do detalhamento da função, provocando desvios, assim como a inexistência de um plano de cargos e salários.

 

Segundo o presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Jeferson Salazar, que participou do encontro, a situação dos profissionais é preocupante. Ele citou que na Argentina não há um sindicato próprio para a profissão de arquiteto no serviço público, apenas um que abrange todas as atividades, o que dificulta a reivindicação específica dos trabalhadores da área.  “Há diferenças das condições de trabalho na comparação com o Brasil. O trabalho da FNA foi muito bem recebido e aproveitamos a ocasião para reforçar a importância da atuação do sindicato como fator de transformação social”, explicou Salazar. 

 

O presidente da FNA também reforçou, junto ao público presente, a importância da valorização da profissão junto à sociedade por meio da atuação sindical.  “O sindicato não trabalha só na reivindicação salarial, mas busca ter uma ação social forte, promovendo a melhoria na qualidade de vida da população inteira, como ao discutir uma política de ocupação urbana”, enfatizou. Ao longo do evento foram abordadas questões como condições de trabalho, salários, legislação e exercício profissional. A Jornada ocorreu no Centro de Arquitectura y Diseño, Túnel, da CAPSF, e contou com a presença de dezenas de profissionais.