A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) lamenta o falecimento, nesta terça-feira (17/11), da militante de esquerda e ex-presidente da CUT-RJ Iná Meireles. Ela vinha lutando contra um câncer e faria 67 anos na quinta-feira (19/11). O velório está previsto para iniciar às 8h desta quarta-feira (18/11) no cemitério São João Batista, Capela 1, Bairro do Botafogo, Rio de Janeiro (RJ). O sepultamento será às 16h. 

 

Exemplo de mulher de fibra, Iná era médica, foi fundadora do Partido dos Trabalhadores (PT) em Niterói e a primeira mulher a presidir a CUT/Niterói. Atualmente era presidente da Comissão da Verdade de Niterói. Militante desde os anos 60, Iná foi presa política, torturada e, após reconquistar a liberdade, continuou atuando em defesa da anistia e dos presos políticos. Atualmente estava filiada ao PSOL. 

 

A morte de Iná Meireles gerou diversos manifestos durante o dia. Em nota, a Comissão Executiva Estadual PT-RJ destacou que “a luta dos trabalhadores e pelo socialismo perde uma grande companheira”. O presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo, lembrou das lutas travadas ao seu lado. “Quando, junto com milhares de socialistas, entendi que o PT podia cumprir tarefas revolucionárias, Iná estava comigo. Quando governamos de maneira inovadora e participativa a cidade de Belém, tive sempre as palavras animadoras dela. Quando decidimos começar tudo de novo e entrar no PSOL, ela nos acompanhou. Perder Iná é muito dolorido. Uma perda para todos que querem construir um mundo justo e fraterno e que estão de luto”, disse Araújo. Companheiro de lutas, o jornalista Cid Benjamin lembrou a amiga como “uma espécie de unanimidade”. “Uma das melhores que conheci. Ouso dizer que – nesse mundo cheio de mal-entendidos e problemas entre as pessoas – nunca ouvi alguém falar mal da Iná. Ela era uma espécie de unanimidade. Amiga, carinhosa, honesta até o último fio de cabelo, agradável, companheira, Iná era tudo de bom”, comentou.

 

Iná Meirelles deixa um casal de filhos e duas netas.

 

Com informações PSOL e PT