Criada na década de 90 a partir de uma iniciativa de professores e estudantes que atuavam nos laboratórios de habitação das faculdades de Arquitetura e Urbanismo de Belas Artes e da Universidade de Campinas, a Usina é uma iniciativa que vem prestando assistência técnica em São Paulo. O serviço foi detalhado pelo arquiteto Flávio Hirao durante o Seminário Nacional Campo Grande + 10, na manhã desta quarta-feira (25/11) em Campo Grande (MS).

Segundo ele, as equipes de assistência podem entrar em várias etapas dos movimentos. Além da ação técnica, os profissionais envolvidos geralmente se engajam no movimento, principalmente no caso daqueles ainda em formação. A Usina trabalha com projetos adaptados às realidades das comunidades, mas também orienta questões burocráticas como organização, institucionalização e obtenção de CNPJ.

 

Um dos pontos destacados foi a importância do projeto como problematizador da habitação social. “Vemos o projeto como parte da luta e, por isso, trabalhamos com projetos participativos”. O debate começa com uma análise da moradia a partir do mobiliário e toma por base a casa padrão do Minha Casa. Minha Vida (35m2). “A gente vê com as famílias o que elas precisam nas casas, e eles descobrem que não cabe tudo o que querem”, frisou.

 

Uma das estratégias para debater os espaços da moradia usadas pela Usina é montar grupos de debate. Geralmente são divididos entre homens, mulheres, idosos e jovens que discutir pontualmente as especificidades de cada cômodo. Na sequência, o grande grupo se reúne para avaliar os apontamentos de forma conjunta. O resultado são projetos com maior identidade com a população, por ter participado de todo o processo.

 

 

 

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