Segundo noticiou o programa Balanço Geral da Record Rio de Janeiro, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) visitaram a Vila Autódromo, na Barra da Tijuca, na zona oeste, para apurar as denúncias de violação de direitos das famílias que ainda vivem no local. A conversa com os moradores e a Defensoria Pública para apurar a violação de direitos humanos e do direito à moradia durou 50 minutos.

 

Desde 2012, o local passa por obras com a remoção de famílias para a construção do Parque Olímpico. De acordo com relatos, os que optaram por permanecer na região passam por dificuldades, como ruas esburacadas, falta de água e de luz. A vila virou um canteiro de obras. Em determinados pontos, conta o repórter, a impressão que se tem é que houve um bombardeio, transformando uma área de moradia legal em um cenário de guerra e destruição.

 

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Os moradores querem a urbanização do local e condições dignas. “Nós temos o direito à moradia”, disse Sandra, que vive na Vila Autódromo há 23 anos. “Não vamos entregar nossas casas e nossas vidas por algo que não nos diz respeito, por algo que não contribui com o bem comum e que apenas beneficiará empreiteiros e incorporadores imobiliários”, manifestou a comunidade na página da Vila Autódromo no Facebook.

 

O que diz a Prefeitura do RJ

 

A Empresa Olímpica Municipal informou por meio de nota:

 

As famílias que tiveram que deixar a Vila Autódromo estavam no traçado das obras ou em áreas de proteção ambiental. Para oferecer como alternativa de habitação a estes moradores reassentados, a Prefeitura do Rio construiu, a 1 km de distância, o Parque Carioca, condomínio com área verde, piscina, espaço gourmet, creche e espaço comercial. Ainda assim, aqueles que não aceitaram o apartamento do Parque Carioca puderam optar por indenização. Sobre as famílias: Das 344 famílias que estavam no traçado de obras, 322 já se mudaram. Dos 22 restantes, 7 já foram negociados e 15 estão em fase final de negociação.

 

Das 117 famílias que viviam às margens da Lagoa de Jacarepaguá e de rios da área, em área de proteção ambiental, 111 já tiveram sua situação resolvida. Temos atualmente 6 em fase final de negociação.

 

145 famílias  não estavam nem no traçado das obras ou mesmo na beira da lagoa, e por isso poderiam permanecer na Vila Autódromo, mas solicitaram à Prefeitura a saída da comunidade e já se mudaram de lá.

 

O processo de negociação com os moradores de Vila Autódromo sempre foi transparente. Várias reuniões de grupo foram realizadas para o esclarecimento e atendimento individual às famílias.