No dia em que o grito de “não vai ter golpe” soou em 16 países, mais de 200 mil pessoas ocuparam Brasília para defender a democracia. A resposta dos movimentos sociais foi nesta quinta-feira (31/3), nas ruas da capital federal e em todas as capitais brasileiras e grandes cidades do Interior. O grande manifesto contou com a participação de representantes de todas as etnias, regiões do país, gênero, classe social, eleitores ou não da presidenta Dilma Rousseff, mas todos com um ponto em comum: o desejo de defender o Estado de Direito.
“Nós conseguiremos barrar o golpe nas ruas, mas fundamentalmente no Congresso Nacional. Temos que pressionar cada deputado e deputada deste país dizendo que quem votar pelo impeachment é golpista. E vamos mostrar a cara deles nos postes do país e em todas as redes sociais”, disse o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, diante do Congresso. O dirigente destacou ainda que o impechment é um atalho curto para levar ao poder quem quer tirar direitos trabalhistas. “Não há nenhum motivo para a presidenta ser impedida de governar, se não houver crime de responsabilidade impeachment é golpe!”, reforçou.
Mas de 800 mil brasileiros participaram dos atos em todos os estados. Representantes da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) também foram às ruas em defesa do Estado democrático de direito. O dirigente ressaltou a pluralidade da manifestação, que reuniu negros, brancos, amarelos, índios, quilombolas, camponeses, operários, engenheiros, comerciários, bancários, arquitetos, profissionais liberais, pescadores, metalúrgicos, professores, ambulantes, pequenos empresários, velhos, jovens, crianças, mulheres e homens, evangélicos, ateus, católicos, espíritas, catadores, servidores, políticos, sindicalistas “e tantos mais”.
Também foram realizados atos em outros países, como EUA, Canadá, México, Dinamarca, Austria, Inglaterra, Holanda, Paris, Alemanha, Espanha, Portugal, Colômbia, Chile, Uruguai e Argentina.