Fonte: Imprensa FNA
Quem não conseguiu participar do lançamento do roteiro Pequena África, que integra o Passados Presentes – projeto de turismo de memória inédito do Museu de Arte do Rio (MAR), no último sábado (2/4), tem a oportunidade de conhecer o roteiro por meio de aplicativo no celular. Enquanto não há nova data prevista, é possível baixar gratuitamente o programa e fazer o roteiro na sua próxima visita ao Centro do Rio de Janeiro.
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Passados Presentes – memória da escravidão no Brasil é um aplicativo de turismo de memória com roteiros e informações que conduzem a locais emblemáticos para o tráfico negreiro, a história da escravidão e do pós-abolição no Brasil. Os pontos de memória foram identificados pelos descendentes diretos da última geração de africanos escravizados em parceria com as historiadoras coordenadoras do projeto.
Após quase 130 anos da abolição, as marcas do período do tráfico negreiro ainda permanecem vivas no centro da cidade do Rio. Nesta nova etapa do projeto de memória Passados Presentes, são 58 pontos identificados para visitação em torno do antigo Cais do Valongo, por onde entraram milhares de africanos escravizados, vítimas do tráfico. No dia 2 de abril, parte desse roteiro, chamado de Pequena África, foi percorrido pela primeira vez.
Pequena África tem 18 pontos prioritários de memória. Na visita inaugural, o circuito teve início no MAR, na Praça Mauá, passando pelo Largo da Prainha, onde ficava um antigo mercado de escravos, e termina no Quilombo da Pedra do Sal e no Largo João da Baiana, hoje tradicional reduto do samba carioca. No caminho, todos passaram pela Rua Sacadura Cabral, pelas ruínas do Cais do Valongo e pela Praça dos Estivadores (entre a rua Camerino e a Barão de São Felix).
O aplicativo funciona para qualquer sistema operacional. As informações sobre os pontos de interesse do roteiro Pequena África estão disponíveis no app, que funciona com localizador. Um código QR estará presente em alguns locais, registrando importantes histórias da região pela voz de algumas de suas lideranças. Para todos os locais demarcados, serão sugeridas também rotas alternativas próximas através da opção “perto de mim”, no aplicativo. São essas rotas que somadas chegam a 58 pontos de memória.
Durante a visita, o público tem contato com locais de referência da herança artística e religiosa dos africanos vítimas do tráfico e de seus descendentes. A pesquisa foi feita pelas historiadoras Martha Abreu e Hebe Mattos, ambas da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Keila Grinberg, da UniRio. Para mais informações, consulte o site passadospresentes.com.br