O Sindicato dos Arquitetos do Estado de Minas Gerais (Sinarq/MG) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais (CAU/MG) participaram de ato pela criação da carreira de engenheiro no setor público de Minas Gerais. O presidente do Sinarq-MG, Eduardo Fajardo, e a presidente do CAU/MG, Vera Carneiro, o estiveram presentes no evento, que ocorreu no dia 26 de abril, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-MG), e faz parte da campanha de Valorização dos Engenheiros e Engenheiras de Minas Gerais promovido pelo Sindicato dos Engenheiros de Minas Gerais (SENGE/MG).

 

De forma conjunta, as entidades buscam o reconhecimento e resgate da “Identidade Profissional” da categoria, cujos profissionais são contratados como analistas, assistentes técnicos, gestores e outros por empresas públicas e privadas, contrariando as determinações dos conselhos. Vera Carneiro enfatizou sua participação na Comissão de Harmonização Interconselhos (CAU/BR e CONFEA) e seu apoio Às demandas conjuntas dos profissionais vinculados a esses conselhos. Ressalta a parceria que é necessária entre o CAU/MG e o CREA-MG para melhor atender os profissionais e garantir que a sociedade tenha um serviço de qualidade.

 

Fajardo falou das especificidades e complementaridade entre as profissões, da importância do engenheiro Joaquim Cardoso para o trabalho de Oscar Niemeyer, calculando suas obras, reconhecidas pelo mundo tanto pela a arquitetura arrojada, como pela competência da engenharia que as tornaram possível. Ele exemplificou que tal parceria conferiu aos engenheiros brasileiros, como os únicos capazes de executar as obras de Niemeyer pelo mundo.

 

Sempre frisando a importância das profissões, Fajardo finalizou falando da “necessidade dos governantes e da população de entenderem que a arquitetura e a engenharia são profissões ESTRATÉGICAS para a evolução e progresso do país”, no cuidado com a infra e a macro-estrutura que promoveram um grande salto que países como a China, o Japão e Coréia do Sul deram em função dessas profissões. O dirigente aproveitou para denunciar os inúmeros editais públicos que oferecem remuneração de até dois salários mínimos para ambas as categorias, extremamente defasada à prevista na lei, conseguindo ser inferior a profissões.

 

Profissões regulamentadas pelo Decreto N° 23.569/33 e com mesmo piso profissional, amparado pela Lei 4.950-A/66, arquitetos urbanistas e engenheiros vêm atuando juntos através do trabalho constante dos seus sindicatos, nas lutas pela valorização profissional, principalmente nas empresas públicas municipais e estaduais, além da observação da remuneração estabelecida na legislação.