A tarde deste sábado (14/5) foi dedicada à apresentação de relatos dos sindicatos estaduais e secretarias da FNA. As ações que buscam aproximação com estudantes e jovens arquitetos, entre elas o Almanarq e o Concurso Nacional de Ideias para Reforma Urbana, foram apresentadas pela secretária de Mobilização e Inserção Profissional da FNA, Laisa Eleonora Stroher. A dirigente falou ainda de iniciativas com foco em assistência técnica, entre elas as oficinas realizadas pelo SASP em parceria com a Peabiru. A ideia é replicar o modelo em outros estados.

 

“A intenção é tentar viabilizar arranjos locais de assistência técnica”, detalhou. Outro projeto mencionado foi a proposta do Minha Casa Minha Vida Melhorias, que está sendo delineada por meio do Concidades. “As perspectivas de alavancar pauta, neste momento, não são das melhores”, reconhece. Sobre o atual cenário político, Laisa é categórica: “É o comprometimento da politica urbana que está em jogo com o avanço da pauta conservadora”, alerta.

 

O secretário de Organização e Formação Sindical da FNA, Marco Antônio Teixeira da Silva, destaca que as delegacias sindicais do Acre e Roraima estão em processo de regulamentação para estruturar sindicatos estaduais. O dirigente apresentou números que mostram o perfil dos sindicatos brasileiros: 66% ainda dependem da FNA para fazer a cobrança da CSU, por exemplo; 62% não têm sistema de gestão; e pouco mais da metade (56%) faz acordo coletivo de categoria. Outro dado que mostra a realidade sindical é que 56% têm sedes em parceria com CAU e IAB, 25% dependem de aluguel e 18% têm sede própria.

 

O vice-presidente da FNA, Cicero Alvarez, falou sobre a participação das entidades de arquitetura e urbanismo nas comissões da ABNT que visam atualizar as normas. O presidente da FNA, Jeferson Salzar, ressaltou que a próxima diretoria receberá os arquivos referentes às duas ultimas gestões organizados e digitalizados. “É a preservação da memória e da nossa história”, afirmou.

 

As ações e demandas estaduais foram apresentadas pelos dirigentes presentes por meio de breves relatos. Minas Gerais destacou as ações de comunicação e a Paraíba ressaltou a necessidade de ampliar a arrecadação. O Rio de Janeiro mencionou a onda de demissões de arquitetos e urbanistas por conta da suspensão de projetos no Estado. O Rio Grande do Norte comentou sobre a representatividade do sindicato apesar da estrutura enxuta. A Bahia apresentou as estratégias de aproximação da nova gestão com a categoria. O Mato Grosso do Sul falou das perspectivas de crescimento da arrecadação, lembrando também da contribuição sindical para a defesa da democracia. O Pará relatou que está organizando a próxima eleição de diretoria, que deve ocorrer em agosto deste ano.

 

O relato do Espírito Santo teve ênfase na importância da atuação em prol do trabalho e emprego, além da luta pela lei da realização periódica da autovistoria. São Paulo destacou os encontros e visitas a ocupações com objetivo de estabelecer o diálogo com a sociedade e ampliar o movimento pela moradia. O Rio Grande do Sul ressaltou o projeto de interiorização e os investimentos em capacitação profissional. O Paraná, que recentemente elegeu nova diretoria, enfatizou a renovação de 70% do quadro. O Distrito Federal enfatizou as ações e campanhas de valorização da categoria. Por fim, Santa Catarina comentou sobre a reformulação da marca e sobre as dificuldades para atrair profissionais para o movimento sindical.