Integrantes de centrais sindicais, frentes e trabalhadores de diversas categorias protestam em diferentes pontos do país nesta sexta-feira (30/06), Dia Nacional de Greve e Mobilização. Os atos acontecem em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belém (PA), Porto Alegre (RS), Natal (RN), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e outras capitais e municípios do interior dos estados, através de caminhadas pelas vias, ocupações, bloqueios em rodovias e protestos em garagens de ônibus. Paralisaram suas atividades em seus pontos de trabalhos metroviários, petroleiros, bancários, professores, ferroviários e profissionais da saúde, entre outros.

O Dia Nacional de Greve e Mobilização foi convocado em protesto a reforma trabalhista e em defesa da aposentadoria. De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, as reformas propostas pelo governo federal trazem riscos trabalhadores e para o país. “Não vai ter geração de emprego, vai ter bico institucionalizado. Vai ser o fim do emprego formal, que garante direitos conquistados, como férias e décimo terceiro salário”, diz Freitas. Na última quarta-feira (28/06), houve aprovação do parecer favorável à reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

No estado de São Paulo, metalúrgicos fazem passeada nas vias da capital desde o começo da manhã.  Além disso, na frente da estação de metrô Butantã, militantes realizam ato contra as reformas. No Aeroporto de Congonhas houve ocupação de dezenas de pessoas. Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), em Guarulhos, marcharam pelas ruas da cidade da região da Grande de São Paulo. Já em São Bernardo do Campo, químicos cruzaram os braços em empresa. Em Santos, vias foram bloqueadas.

Em Brasília, o transporte paralisou. A rodoviária estava completamente vazia desde o começo da manhã. Houve protestos também nas vias.

No Rio de Janeiro, a Avenida Brasil foi bloqueada. Barcas também foram fechadas. O Complexo dos Correios, em Benfica, também foi trancado. Outro ponto de bloqueio é a avenida 20 de Janeiro, que dá acesso ao Aeroporto Internacional Galeão/Tom Jobim. Um longo engarrafamento se formou na via.

No Paraná, a rodovia que fica entre Curitiba e Auracária, via de acesso à refinaria Repar, foi trancada por manifestantes. Em Ponta Grossa, os ônibus do transporte coletivo foram impedidos de deixar as garagens no início da manhã.

Na Paraíba, agências bancárias paralisaram suas atividades em João Pessoa. A categoria dos bancários não devem trabalhar durante todo o dia.

No Ceará, no centro de Fortaleza, ônibus não circulam. Manifestantes mobilizam-se com faixas e bandeiras entre ônibus parados na Avenida Imperador, importante corredor de ônibus da cidade.