Reconhecida por muitos profissionais como a melhor obra de arquitetura dos Estados Unidos, a Casa da Cascata (Fallingwater, na definição original em inglês), foi construída em integração ao curso d’água que passa pela propriedade localizada no Sudoeste do estado da Pensilvânia. Idealizada pelo arquiteto e urbanista Frank Lloyd Wright, já falecido, a construção foi pensada em três andares como se estivesse entre as árvores, as rochas, o rio e a cascata.
A obra, construída entre 1936 e 1939, impulsionou a carreira do arquiteto, que desafiou a crítica da época, marcada pelo início de uma nova geração no modernismo europeu. O preço da construção chegou a ser avaliado em US$ 155 mil. O custo da restauração, no entanto, que se fez necessário devido ao risco registrado na estrutura da casa com o passar do tempo, superou os US$ 11 milhões.
Desafiando a natureza, parte da rocha na qual a casa está construída se eleva no interior da sala de estar. Além disso, uma área projetada em ângulo reto combina extensões com a natureza. Na parte exterior, a construção também impõe traços de horizontalidade, principalmente nas varandas.
A obra une concreto, aço, pedras e vidro. A maioria dos materiais utilizados faz parte da região onde o imóvel foi inserido, em uma iniciativa que uniu a criatividade de Wright ao desejo do Edgar J. Kaufmann, proprietário de um retiro na montanha, que custeou o imóvel. A família costumava passar férias na região, em Bear Run, e foi seduzida pela possibilidade de ter uma casa próxima da cascata. Porém, o arquiteto foi mais longe e decidiu fazer a construção na cascata, conforme contou o próprio Wright em uma das suas últimas entrevistas concedidas nos EUA.
O desejo de Wright era de criar uma composição unificada e orgânica. Em função disso, a construção recebeu tinta resistente aos desafios ambientais do local em que está inserida. A construção faz parte do conjunto do patrimônio histórico dos EUA. Foi entregue à Conservação Ocidental da Pensilvânia (WPC, em inglês) em 1963, pela família de Kaufmann, após o falecimento do patriarca. Em 2002, a construção recebeu um grande reparo estrutural, para evitar o colapso e a sua deflexão futura.
Depois disso, desde 1964, reabriu as portas como museu. Atualmente, a casa é visitada por milhões de pessoas de todo o mundo, interessadas na obra e na reserva natural Bear Run de 5 mil hectares do WPC. Somente em 2015, foram recebidos 167.270 visitantes no local.
Acesse aqui o conjunto de desenhos em escala da obra.
Mais informações em Fallingwater.
*Com informações de BBC Brasil e Fallingwater.