Movimentos sociais do campo e da cidade ocupam as ruas de diversos municípios brasileiros para denunciar o congelamento de recursos e dos processos de contratação do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). A proposta orçamentária do governo federal para 2018, enviada ao Congresso Nacional neste ano, não prevê investimentos na política habitacional para os mais pobres. Em diversas cidades, os atos estão concentrados em frente a unidades da Caixa Econômica Federal.

Na segunda-feira (2/10), quando é lembrado o Dia Mundial dos Sem-Teto, movimentos populares realizaram manifestações em São Paulo (SP), Campinas (SP), João Pessoa (PB), Goiânia (GO), Salvador (BA) e Maceió (AL), entre outros municípios. Nesta terça-feira (3/10), as mobilizações seguem no Rio de Janeiro. Já nesta quarta-feira (4/10), data em que iniciam as atividades da Plenária Nacional do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), atos estão previstos para Brasília (DF).

Desde maio do ano passado, o MCMV sofreu cortes na Faixa 1, ou seja, dos projetos para atendimento das faixas de menor renda que sobrevivem da forte rede de proteção social. Para 2018, a indefinição do governo federal em relação aos investimentos no programa tem causado preocupação dos movimentos populares, que cobram diálogo e a retomada dos recursos para habitação. “Cortes no Programa Minha Casa Minha Vida é a principal preocupação dos movimentos populares. O orçamento está comprometido e não há uma definição sobre investimentos”, afirmou a vice-presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), Eleonora Mascia.

Também preocupam os movimentos populares cortes no PAC, privatização de bancos públicos como Caixa Econômica Federal, não realização da 6ª Conferência Nacional das Cidades, além da aprovação de propostas como a Lei nº 13.465/2017, que trata da regularização fundiária.

 

Ocupação em frente a sede da Caixa em Salvador

Ocupação em frente à sede da Caixa em Salvador (Foto: Manuela Verzegnassi/UNMP)