Os arquitetos e urbanistas da Prefeitura de São Paulo decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão, tomada em assembleia geral realizada no dia 14 de março, é decorrente de tentativa do prefeito João Doria de aumentar a alíquota de contribuição previdenciária, de privatizar o regime de previdência dos servidores e de negar o reajuste salarial, omitindo da sociedade que os servidores já contribuem com 11% sobre a sua remuneração bruta, que, sem desvios de finalidade, a previdência municipal é superavitária e que o reajuste salarial é um direito previsto na Carta Magna. A categoria deixa claro que não está disposta a negociar direitos em troca de benefícios conquistados em décadas de luta pela valorização da profissão no serviço público.

Unidos a outros servidores do município, os arquitetos e urbanistas da Prefeitura são contrários ao Projeto de Lei (PL) 621/2016, que institui o regime de previdência complementar para os servidores públicos da cidade, fixando o limite máximo para a concessão de aposentadorias e pensões pelo Regime Próprio de Previdência Social do Município de São Paulo (RPPS) e autoriza a criação da Entidade Fechada de Previdência Complementar do Município de São Paulo (SAMPREV) pelos motivos expostos acima.

A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas solidariza-se com os colegas em greve.

 

Foto: Dilséa Grebogi