O golpe de 2016 e o enfrentamento da crise política foram o tema central da mesa de abertura da Reunião Ampliada da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), que reuniu representantes de diversas entidades na manhã deste sábado (14/4), em Brasília. “É um momento de disruptura nacional. Tudo está sendo desmontado”, disse o arquiteto e urbanista Raul Gradim, conselheiro federal do CAU/DF.

“É uma luta para retomar a democracia e as instituições, principalmente agora que estamos conseguindo colocar a assistência técnica em prática. Que estejamos juntos para fazer esta resistência”, acrescentou Luiz Sarmento, da Codhab-DF. Para o presidente do IAB-DF, Celio Melis, “temos que, cada vez mais, sedimentar o caminho de resistência e de luta para consolidar este ato de resistência”.

Segundo o engenheiro Fernando Turino, presidente da Associação Nacional de Engenheiros e Arquitetos da Caixa Econômica Federal (Aneac), este é um momento de renovação. “Daqui pra frente temos que restaurar muitas coisas”, avaliou. De acordo com Jair Pedro Ferreira, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), o país vive um momento de contradições. “Temos que juntar as forças para enfrentar o grande golpe. Somos parceiros nesta luta democrática.”

Em seu depoimento, o presidente do IAB, Nivaldo Andrade, ponderou que há bastante trabalho pela frente. “Mas nós, que trabalhamos juntos, somos mais fortes”, disse referindo-se à parceira entre FNA e IAB, especialmente dentro do CEAU.

“Não podemos pensar em mudanças no país sem a colaboração de arquitetos e urbanistas”, disse a vice-presidente do CAU-DF, Helena Zanella, referindo-se à importância do entrosamento de todas as entidades. O arquiteto e urbanista Guivaldo D’Alexandria Baptista, presidente em exercício do CAU/BR, lembrou que “os momentos de crise são também de oportunidade”, reforçando a necessidade de atuação conjunta das entidades.

Ao final da abertura da Reunião Ampliada 2018, o presidente da FNA, Cicero Alvarez, agradeceu a possibilidade de discussão em conjunto. “Nosso papel enquanto entidades é tentar esclarecer esse panorama político para que cada vez mais colegas se juntem a nós e para que tenhamos uma categoria atuante e uma sociedade que nos respeite”, finalizou o dirigente.