Estão abertas as inscrições para a 31ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O objetivo é promover a compreensão do Patrimônio Cultural como vetor de desenvolvimento social local, em uma interlocução direta com a comunidade, setor público, pesquisadores e detentores das práticas culturais. “A proposta é convidar a todos a ampliar o debate e trabalhar o Patrimônio como um ativo para o desenvolvimento social, econômico e sustentável”, pontou a presidente do Iphan, Kátia Bogéa.
Os trabalhos podem ser inscritos até o dia 21 de maio e deverão ser entregues nas superintendências do instituto nos Estados. As ações serão pré-selecionadas pelas comissões estaduais, compostas por representantes das diferentes áreas culturais de cada estado. Os projetos vencedores na primeira etapa serão apreciados pela Comissão Nacional de Avaliação, formada pela presidente do Iphan e por 16 jurados que atuam nas áreas de preservação ou salvaguarda de determinado patrimônio cultural.
De acordo com a presidente do instituto, além da responsabilidade pela conservação de todo o patrimônio protegido, o Iphan tem como grande desafio contribuir para sustentabilidade de bens culturais e a para ressignificação dos patrimônios no país. “Manter ativo um prêmio que vem há 31 anos promovendo a valorização do patrimônio cultural brasileiro é parte do desafio do Iphan como um todo. Mais do que isso, reconhecer iniciativas que visam promover a manutenção da vivacidade deste patrimônio por diferentes segmentos da sociedade é uma obrigação do Iphan, está na sua essência”, pontou Kátia Bogéa.
Em 2017, o concurso somou 296 inscritos. Para 2018, a expectativa é que este número seja ainda maior. Ao fim, serão selecionados oito trabalhos representativos de ações relacionadas a patrimônios culturais. Os premiados receberão o valor de R$ 30 mil. O resultado final do concurso deverá ser divulgado até o dia 30 de agosto de 2018, no site do Iphan.
Foco no Norte
Neste ano, a cerimônia de entrega do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, marcada para novembro, ocorrerá em Belém (Pará). “A escolha do Norte é no sentido de destacar um patrimônio cultural extremamente rico, mas ainda não muito conhecido. São dezenas de edificações e monumentos preservados, mais de 5 mil sítios arqueológicos, além de expressões culturais como o Círio de Nazaré, no Pará, e a Arte Gráfica Wajãpi, do Amapá, que são, ainda, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade”, explicou a presidente do Iphan, ressaltando que o instituto está empenhado em promover uma semana inteira de discussões sobre o patrimônio cultural do Norte.
Além do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, em 2018, Belém também será sede da reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão colegiado do Iphan para debater as questões relativas ao Tombamento dos Geoglifos do Acre, da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré e os Registros – Marabaixo e Boi de Parintins. Outro evento programado para ocorrer na região é o Seminário Internacional do Patrimônio Cultural. Serão dois dias dedicados ao tema do Patrimônio Cultural tendo o nNrte do Brasil como foco.
Categorias – Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2018
Categoria 1 – Iniciativas de excelência no campo do Patrimônio Cultural Material referem-se a ações nas áreas de preservação de bens imóveis como paisagens culturais, cidades históricas, sítios arqueológicos e monumentos; ou móveis, como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos, assim como ações relacionadas de comunicação, difusão e educação, e devem ser apresentadas por pessoas físicas ou jurídicas que sejam responsáveis por sua concepção, autoria ou responsabilidade técnica.
Categoria 2 – Iniciativas de excelência no campo do Patrimônio Cultural Imaterial referem-se a ações nas áreas de salvaguarda de práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares que abrigam práticas culturais coletivas, assim como ações de comunicação, difusão e educação, e devem ser apresentadas por pessoas físicas ou jurídicas que sejam responsáveis por sua concepção, autoria ou responsabilidade técnica.
Segmento I – Entidades Governamentais da administração direta dos níveis federal, estadual ou municipal ou indireta (autarquias; empresas públicas; sociedades de economia mista; e fundações públicas).
Segmento II – Empresas e Fundações privadas mantidas por empresas.
Segmento III – Outras Instituições sem fins lucrativos da sociedade civil organizada.
Segmento IV – Pessoas Físicas e representantes de grupos ou coletivos.
Assessoria de Imprensa FNA - com informações do Iphan