Retomar o diálogo com arquitetos, urbanistas e a sociedade em geral com a finalidade de encontrar caminhos para alavancar a assistência técnica pública na Bahia. Este foi o principal objetivo do evento promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU/BA), no último dia 24, em Salvador. O encontro reuniu as principais entidades do setor para também trocar experiências e agregar conhecimento sobre geração de negócios a partir da habitação de interesse social.

Segundo a presidente do CAU/BA, Gilcinéa Barbosa, o evento foi o ponto de partida para a construção de um diálogo com a perspectiva de embasar a política de fomento e assistência técnica da entidade. “Também deve inspirar, sensibilizar e influenciar a participação dos arquitetos, principalmente, os recém-formados na assistência técnica como campo de trabalho”, comenta. A Federação Nacional dos Arquitetos (FNA) esteve representada por sua vice-presidente, Eleonora Mascia. “Essa pauta é uma das prioridades para a FNA e para os sindicatos, pois é o reconhecimento da função social da profissão na construção de cidades mais justas e humanizadas”, ressalta ela.

Os palestrantes trouxeram experiências tangíveis e exitosas na aplicação da Lei 11.888/08, que garante a prestação da assistência técnica gratuita a famílias com renda mensal de até três salários mínimos, seja na área rural, ou urbana. Um dos cases de sucesso apresentados foi o da Companhia Habitacional do Distrito Federal (CODHAB-DF). O presidente da companhia, Gilson Paranhos, falou sobre gestão de áreas de habitação popular na capital federal. A professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (FAUFBA), Angela Gordilho, abordou o segmento como um novo campo de trabalho para os profissionais. A importância da participação dos arquitetos e urbanistas na formação e aplicação das políticas de habitação de interesse social foi o tema abordado pelo professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (USP), Caio Santo Amore.

 

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