A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) lamenta o falecimento de um dos mais importantes arquitetos e urbanistas em âmbito mundial: Ieoh Ming Pei, conhecido pela abreviação “I. M. Pei, o arquiteto do Museu do Louvre”. O profissional morreu aos 102 anos e deixou seu legado também na Galeria Nacional de Artes de Washington (Estados Unidos), no Museu de Arte Islâmica, no Qatar, na Biblioteca John F. Kennedy, em Boston (EUA), e no Hall da Fama do Rock, em Cleveland, também nos EUA, onde o chinês se radicou aos 18 anos.

De acordo com o professor titular da Faculdade de Arquitetura e do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PROPUR), Antônio Tarcísio da Luz Reis, I. M. Pei é uma referência mundial em arquitetura. No caso do Museu do Louvre, em Paris, o diferencial do seu trabalho, segundo Reis, está em a pirâmide evidenciar a contemporaneidade sem agredir a pré-existência das construções do entorno. “A obra trouxe qualidade para o espaço, inclusive para o espaço aberto. Trouxe vida e qualidade de vida, o que é muito importante para um projeto de arquitetura”, explica.

O nível de excelência da construção da pirâmide também foi lembrado pelo professor, estudioso da área. “O Louvre é um exemplo de arquitetura. Traz qualidade para o espaço e revela uma compreensão muito profunda do arquiteto do que estava fazendo”, destaca. De acordo com artigo escrito pelo estudioso (“O projeto do ‘Le Grand Louvre’: uma análise estética e de usos”), e publicado em abril de 2016, brasileiros e franceses têm uma percepção muito positiva sobre a obra. As principais razões estão associadas ao contraste da pirâmide com o antigo museu e ao consequente estímulo visual; e ao fato de a pirâmide valorizar visualmente o antigo museu. Ainda, a clara maioria dos respondentes prefere o Museu do Louvre com a pirâmide do que sem a pirâmide.

O artigo está disponível no link http://bit.ly/2Jr5F1q.

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