A tecnologia não vai resolver o problema de comunicação das entidades sindicais, mas pode potencializá-la se usada da forma correta. A declaração foi dada pelo editor do blog Trampo, Denis Soares, durante a mesa ‘Comunicação Sindical’ no 43° ENSA – Clóvis Ilgenfritz, realizada na tarde desta sexta-feira (29), em Salvador (BA). A mesa de debates sobre o tema foi coordenada pelo coordenador do Arquitetos DF, Danilo Matoso.

Denis começou sua exposição recordando o processo que resultou na vitório do atual governo federal, fruto de estratégias onde as redes sociais foram protagonistas, juntamente com o uso de robôs para o envio de mensagens em massa. “Depois desse episódio, parece que a esquerda abriu os olhos para as redes sociais”, afirmou.

Identificar o seu o público é a primeira coisa a se fazer, depois é que passa para a segunda fase, que é definir a estratégia poliitca a ser adotada. Lembrou que a Confederação Nacional dos Metalurgicos há alguns anos realizada 12 reuniões executivas presenciais todos os anos. Hoje, são apenas duas presenciais e as demais são realizadas com o auxílio de plataformas online. “Reduzir despesas como essas amplia a possibilidade de mais receita. Ou seja, a tecnologia não vai substituir a ação sindical, mais vai potencializá-la”, afirmou.

Definir o canal que será trabalhado dependerá do que se almeja, do público que se pretende atingir. Para todos os perfis, existe uma rede social mais adequada, citando como exemplos o Linkedin, Facebook, Twitter, Instagram, sites, WhatsApp, podcast, etc.

A coordenadora da Fenea, Beatriz Vicentin, conta que a entidade mensalmente realiza reuniões online por meio do aplicativo Discord, que permite acesso de um número ilimitado de pessoas, sem perder a qualidade de áudio . “Além disso, apostando bastante no Instagram, que é o local onde os estudantes estão, apesar de não permitir acesso a links e compartilhamentos”, diz. O Facebook da Fenea, atualmente, é ambiente apenas para publicação de eventos. O estatuto da Fenea não prevê uma diretoria de comunicação, o que, segundo Beatriz, pode ser alterado no próximo Encontro Nacional da entidade.