A partir das recomendações do Ministério da Saúde e outras instituições nacionais internacionais para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, a Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas – FNA – ratifica as diretrizes políticas e a pauta de reivindicações para os trabalhadores constantes em nota publicada no último 17 de março. Todos os arquitetos e urbanistas que tiverem viagens e visitas a obras como parte de sua rotina de trabalho deverão ter o direito a cancelar ou suspender tais compromissos sem prejuízo de sua remuneração ou avaliação profissional. A FNA aprofunda, neste documento, as recomendações de proteção e prevenção de contágio aos milhares de profissionais lotados serviços essenciais ou emergenciais, para quem não será possível o isolamento, por força do ofício.

  1. Adoção regime de revezamento, mantido o mínimo de pessoal estritamente necessário para condução dos trabalhos na empresa, preferindo sempre o teletrabalho. Reduzir o contingente de pessoal na obra e no escritório por um período mínimo de 15 dias, começando por pessoas acima de 60 anos (com ou sem home office, dependendo do caso), funcionários com direito a férias, portadores de doenças crônicas como diabetes e deficiências pulmonares, mulheres grávidas etc.
  2. Estudar soluções que evitem o transporte público dos colaboradores ou os exponham aos horários de pico: vans para equipes mínimas, expediente encerrando-se às 15 h etc..Se utilizar transporte da empresa, evitar os horários de pico e as turmas transportadas devem ser reduzidas ao mínimo possível, além de usar máscaras de acordo do o quadro clínico daquele momento;
  3. Disponibilizar produtos necessários à higienização do corpo e de equipamentos de trabalho, tais como água potável corrente, sabão, álcool em gel e toalhas descartáveis em locais visíveis e que evitem aglomerações;
  4. Evitar catracas e leitores de biometria, adotando o reconhecimento facial como prova de vida presente;
  5. Implementar o uso de termômetros nas portarias, liberando ao trabalho apenas os trabalhadores que não apresentem alteração. Orientar os funcionários que apresentarem febre, dor de garganta, tosse, coriza e dificuldade de respirar a procurar imediatamente a UBS ou a UPA mais próxima;
  6. Dar orientações com folhetos, cartazes e palestras para pequenos grupos sobre prevenção;
  7. Evitar ar condicionado, manter a distância mínima entre duas pessoas, de pelo menos 1m (um metro); 
  8. Evitar reuniões presenciais, fazê-las por vídeo conferências, dar orientações com folhetos, cartazes e palestras para pequenos grupos, no máximo com 10 (dez) pessoas, observando a distância necessária, sobre prevenção;

Especificamente para os canteiros, demandar aos empregadores:

  1. Limitar o número de pessoas trafegando nos elevadores fechados (até 2 colaboradores) e nas cremalheiras (até 4);
  2. Aumentar o número de turnos no café da manhã, no almoço e nos banhos, para evitar aglomerações;
  3. Orientar os trabalhadores a higienizar com frequência as mãos e os EPIs;
  4. Determinar aos gestores de contratos e aos subcontratados que notifiquem qualquer afastamento que ocorrer por suspeita da doença.

20 de março de 2020.

Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas – FNA