A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e alguns de seus sindicatos filiados estão unidos no apoio à greve de entregadores de aplicativos de delivery, que ocorre nacionalmente nesta quarta-feira (01/7). Lutando por melhores condições de trabalho, medidas de proteção contra o novo coronavírus e mais transparência na dinâmica de funcionamento dos serviços e das formas de remuneração, os entregadores, chamados de “parceiros”, estão na ponta da precarização do trabalho no Brasil.
A paralisação foi chamada por colaboradores de empresas como Rappi, Loggi, Ifood, Uber Eats e James. São jovens, a grande maioria negra, que trabalham muitas horas por dia, com grande esforço físico, sem o mínimo de proteção e de direitos porque ninguém se responsabiliza por esses profissionais.Os entregadores também cobram o aumento das taxas mínimas recebidas por cada corrida e o valor mínimo por quilômetro. Atualmente, os profissionais são remunerados por corrida e pela distância percorrida. Para a presidente da FNA, Eleonora Mascia, a crescente “uberização” do trabalho no Brasil mostra a importância de fortalecer os sindicatos e as entidades que representam as reivindicações dos trabalhadores. “São nesses momentos que se evidencia o peso da luta sindical para os mais desfavorecidos que expõem suas próprias vidas ao risco”, afirma.
Outra reivindicação é a mudança dos bloqueios dos trabalhadores, que consideram arbitrários. Eles criticam o fato de motoristas terem sua participação suspensa ou até mesmo cancelada a partir de critérios não claros e sem a possibilidade de apuração dos ocorridos e de direito de defesa dos envolvidos.
Com informações de Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD) e Metrópoles.