Trabalhar com Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (Athis) no Brasil é um desafio em todas as esferas, seja pública ou privada. O direito por moradia é uma luta travada diariamente por profissionais que almejam trabalhar em prol de famílias de baixa renda e que, neste ano, se agravou com a pandemia de Covid-19. Para falar sobre experiências nesse ramo de atuação nos estados do Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) promove, na próxima quinta-feira (15/10), a Live FNA #12. Intitulada “Athis e as práticas para acesso à moradia com qualidade”, a transmissão será feita pelo canal do YouTube da Federação a partir das 19h.
Participam da live um time de profissionais que atuam com assistência técnica por longa data: a diretora de políticas públicas do Sindicato dos Arquitetos no Distrito Federal (Arquitetos DF), Mariana Bomtempo, e o arquiteto e urbanista associado à Associação Nacional dos Engenheiros e Arquitetos da Caixa Econômica Federal (Aneac) Sotter José Gouveia. A mediação fica por conta da diretora do Sindicato dos Arquitetos no Estado do RS (Saergs) Karla Moroso, que trabalha à frente do escritório AH! Arquitetura Humana.
A arquiteta e urbanista explica que, mesmo que a pauta tenha avançado nos últimos anos com o auxílio de entidades como a FNA e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), ainda permanecem diversos obstáculos e desafios. “É um problema de saúde pública, é um problema social e deveríamos enxergá-lo por essa ótica”, afirma Karla. Para ela, políticas públicas como o Casa Verde e Amarela, instituído recentemente pelo Governo Federal, dão ênfase à questão da reforma como não se via anteriormente. Porém, os entraves para acessar o programa são inúmeros. “Na hora que vai para o desenho, financiamento, critérios, a gente vê que as famílias mais vulneráveis ficam de fora das regras do governo”, pontua.