A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas lamenta o falecimento, nesta quinta-feira, da arquiteta e urbanista e paisagista Alda Rabello Cunha, aos 92 anos.
Alda foi pioneira na construção de Brasília, onde chegou antes mesmo da inauguração da capital federal, onde realizou diversos projetos de integração paisagística para Oscar Niemeyer e João Filgueiras Lima, o Lelé, seu companheiro por mais de 50 anos.
A arquiteta e urbanista foi servidora pública quase a vida toda. O primeiro cargo foi no Grupo de Trabalho de Brasília, do antigo Departamento Administrativo do Serviço Público, ainda no Rio. “Era a equipe que preparava os complementos da cidade, como é que se iria ocupar Brasília, que estava em construção. Fiquei encarregada de pensar e desenhar os padrões para o mobiliário, que precisava ficar pronto em sete meses.”, contou em entrevista dada ao CAU/BR em 2015, parte de uma série em homenagem às arquitetas na passagem do Dia da Mulher.
A profissional contou ter inovado ao propor o julgamento em duas fases para a confecção dos móveis – uma de preço e uma de projeto. E mostra o sofá em que estamos sentados, pensado por ela naquela época. “Não é ruim, não é extravagante. É funcional. E foi o possível”.
Como funcionária do Ministério da Agricultura se dedicou à arquitetura paisagística, tendo realizado projetos de integração paisagística para Oscar Niemeyer – os CIEP, no RJ, a Catedral de Brasília, entre outros – e incontáveis obras de Lelé.
Com Lelé, Alda teve três filhas: Luciana, Sônia e a arquiteta e urbanista Adriana Rabello Filgueiras Lima. Deixa os netos João, Gustavo e Paulo.
*Com informações do CAU/BR