Dirigentes da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e sindicatos filiados foram às ruas neste sábado (19/06) para denunciar o genocídio que, com o negacionismo perpetrado pelo atual governo, já ceifou mais de 500 mil vidas no Brasil. A luta também é pelo fortalecimento do SUS e da aceleração da vacinação contra a Covid-19, além de outras reivindicações como a extensão do Auxílio Emergencial de pelo menos R$ 600 e a aprovação do PL 827/20 contra os despejos. O ato, que reuniu milhares de pessoas ao redor do país, foi convocado pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, além de reunir lideranças sindicais e organizações de trabalhadores, movimentos populares, indígenas e povos tradicionais, torcidas organizadas.

A presidente da FNA, Eleonora Mascia, participou de mobilização em Salvador (BA) ao lado de colegas e líderes sindicais. “Estamos aqui ao lado das entidades que representam os trabalhadores para, junto com os movimentos populares, reivindicarmos vacinas para todos e o enfrentamento das enormes desigualdades com políticas públicas que possam amenizar o sofrimento da fome e da perda de renda”, salientou.

Em Brasília, representantes do Arquitetos DF saíram às ruas repúdio ao presidente Jair Bolsonaro e em luto pelas 500 mil mortes da pandemia, associando-as ao desmonte das políticas públicas – uma das faixas que empunhavam trazia: “a reforma administrativa de Bolsonaro é genocida”. Ao lado de dirigentes como Abel Escovedo e Mariana Bomtempo, o Secretário de Organização e Formação Sindical da Federação, Danilo Matoso, participou do ato no Distrito Federal. “A presença da FNA e de seus sindicatos de modo organizado nos atos de 2021 é um sinal de vitalidade do movimento sindical em nossa categoria, de sua capacidade de articulação e diálogo com outros setores e bandeiras populares, além de constituir uma reaproximação com o movimento estudantil, cuja presença nos atos de rua também tem sido marcante”.

Além da suspensão da Reforma Administrativa, as entidades também destacaram a luta contra os despejos e as reintegrações de posse durante a pandemia e pelo direito à moradia. No Rio de Janeiro, o presidente do SARJ, Rodrigo Bertamé, esteve ao lado de colegas e lideranças sindicais nas mobilizações. Adesões também foram registradas em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.

Os atos foram marcados pelo cumprimento das medidas protetivas, como uso de máscara, álcool gel e distanciamento social. A Federação se solidariza com familiares e amigos das vítimas fatais e dos que carregam sequelas da doença desde o início da pandemia. Como manifestou o SAERGS em peça publicada nas redes sociais neste final de semana, “Se o povo vai às ruas protestar em meio a uma pandemia, é porque o governo é mais letal que o vírus”.

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