“Enquanto houver miséria e opressão, ser comunista é a nossa decisão”
Oscar Niemeyer

Há 100 anos, em 25 de março de 1922, um grupo de trabalhadores se reunia em Niterói para fundar o Partido Comunista em nosso país. Foi um importante passo no avanço do movimento sindical brasileiro, ao dotar a classe trabalhadora de um instrumento de luta política para construir o poder popular e também chegar ao poder institucional. O Partidão esteve por diversos períodos na ilegalidade, seus militantes foram duramente perseguidos e não poucos foram assassinados pela repressão em períodos sombrios de nossa história.

Ainda assim constituiu por décadas a força mais avançada na tarefa de elevação de consciência da classe trabalhadora em nosso país. Seus quadros estiveram na raiz da fundação de diversas organizações populares, de sindicatos a partidos políticos, passando pelos movimentos de luta pelo direito à cidade. São diversos os arquitetos militantes do Partido que construíram e constroem nossa profissão hoje, não apenas por meio de sua arquitetura e pelo destaque profissional e intelectual que granjeiam com sua competência, mas também por meio de sua atuação como articuladores políticos.
Basta evocar nomes como os de Oscar Niemeyer, João Batista Vilanova Artigas, Edgar Graeff, Miguel Alves Pereira ou Frank Svensson para se avaliar o quilate de sua contribuição. Foi um quadro do PCB, Alfredo Paesani, um dos fundadores, em 1979, e o primeiro presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) até 1983.

A FNA se soma às comemorações pelo centenário do Partido Comunista, saudando todos aqueles que lutaram e lutam pela unidade classista e pela libertação da classe trabalhadora e por um mundo sem opressores e oprimidos.
Sem essa perspectiva ampla, todas as nossas conquistas seriam menores.

Viva a luta dos trabalhadores e suas organizações!

FAU-USP do Vilanova Artigas. | Foto: Raul Garcez