Abrir as portas das sedes, firmar parcerias e transformar os sindicatos em formadores políticos foram as propostas discutidas na última mesa do ERSA Sudeste e Centro-Oeste, realizado na manhã deste domingo (29/05). O Encontro, promovido pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), reuniu o Sindicato dos Arquitetos de São Paulo (SASP), do Rio de Janeiro (SARJ), de Minas Gerais (Sinarq-MG), do Mato Grosso do Sul (Sindarq-MS) e do Distrito Federal (Arquitetos-DF). O debate, que procurou encontrar alternativas para expandir o trabalho sindical, ainda contou com a participação do deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP), que conheceu a Cartilha T.A.B.A. e a Carta Aberta aos Candidatos e às Candidatas das Eleições 2022.
O presidente do SASP, Marco Antonio Teixeira, abriu o debate destacando o baque que os sindicatos tiveram com o fim da contribuição sindical. “Tivemos que nos reinventar nos últimos anos e temos discutidos ideias de transformar o site do sindicato em uma plataforma de informação, interação e divulgação do trabalho dos arquitetos e urbanistas aqui no nosso estado”. O diretor regional adjunto de São José do Rio Preto do SASP, Kedson Barbero, também destacou a importância de realizar uma aproximação com as cidades do interior. “Temos profissionais que precisam de atenção nas diferentes regiões em São Paulo, e a ideia de desenvolvermos um portal informativo pode ser uma maneira de chegarmos mais perto da categoria”, sugere.
A presidente do Sindarq-MS, Iva Carpes, compartilhou as experiências da entidade no que diz respeito à abertura da sede. “Estamos tentando usar nosso espaço físico para firmar parcerias com outros grupos e associações. Isso tem facilitado a manutenção e a continuidade do local, que é extremamente importante para uma atuação e aproximação do sindicato com os arquitetos”, destaca. O tesoureiro do SARJ, Rodrigo Bertamé, ressalta que a estratégia da entidade carioca tem sido parecida no que diz respeito a se aproximar de outras categorias. “Temos estreitado laços com entidades parceiras, principalmente no ramo da construção civil, e isso tem ajudado a expandir a luta pelos trabalhadores”.
No Distrito Federal, o diretor de assuntos sindicais do Arquitetos-DF, Abel Escovedo, também reafirma que as sedes abertas são fundamentais para a aproximação com os associados. “Tivemos algumas novas pessoas que se conectaram ao sindicato e ter um espaço físico é um instrumento para criarmos lugares coletivos e possibilitarmos trocas de ideias e experiências”. O presidente do Sinarq-MG, Matheus Guerra, também destacou a importância de os sindicatos serem agentes de diálogo e transformação. “Temos potencial para abrir nossas portas à formação política, à discussão da consciência de classe e de abranger temas mais gerais com a categoria. Isso é uma oportunidade de angariar novos profissionais para a luta e transformar os sindicatos em referência para todos”.
Os debates com os dirigentes ainda ressaltaram o papel dos sindicatos juntos aos profissionais, e a importância de conscientizar arquitetos e urbanistas sobre a defesa de direitos nas relações de trabalho e da responsabilidade social das entidades.